Debate aborda os impactos da crise em São Paulo


06/04/2009 21:49

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Arthur Henrique da Silva, Rui Falcão, Antonio Palocci, Maria Cristina Fernandes e Edinho Silva<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2009/CRISEMUNDIALMESA062ZE.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Abertura do debate "O Brasil diante da crise mundial " Os impactos no Estado de São Paulo" <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2009/CRISEMUNDIALGERAL020ZE.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> O debate realizou-se no Auditório Franco Montoro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2009/CRISEMUNDIADEPSPUBL004ZE.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

"O Brasil diante da crise mundial " Os impactos no Estado de São Paulo" foi o tema de debate realizado nesta segunda-feira, 6/4, por iniciativa do deputado Rui Falcão (PT). Na abertura dos trabalhos, Falcão afirmou que "todos sabem que o País vive momentos de aflição, que seriam maiores se não fossem as políticas econômicas do governo Lula desde o primeiro mandato". Ele ainda detectou que, no Estado de São Paulo, há um "alheamento perante a crise", e que várias medidas do governo federal encontram resistência, "talvez por conta de questões eleitorais".

Arthur Henrique da Silva, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembrou que a culpa pela crise econômica mundial é da falência do modelo econômico neoliberal. Mas, mesmo diante da crise, governadores como o de São Paulo persistem na aplicação deste modelo. Silva criticou os empresários brasileiros, que usaram a crise para demitir ou afastar trabalhadores, o "posicionamento tendencioso" da mídia e falou da campanha da CUT em defesa do emprego, da renda e pelo fortalecimento do mercado interno, lançada em 2009.

O deputado federal Antonio Palocci lamentou que "a crise econômica tenha surgido num momento em que o Brasil estava tão bem, com reservas em torno de US$ 200 bilhões". De outras vezes, a reação do governo foi criar pacotes tributários, com aumento de impostos, o que agora não foi necessário, apontou. Ele afirmou que o País após a crise irá ocupar maior espaço na economia mundial, graças à sua diversidade produtiva. O papel econômico das mudanças climáticas também foi destacado, pois é uma área em que o Brasil se impõe, tanto pela floresta amazônica " que deve ser preservada " tanto por conta do uso de álcool combustível a preços competitivos e de hidrétricas, ambas energias renováveis.



Questionamentos



Respondendo a indagação da editora de política do jornal "Valor Econômico", a jornalista Maria Cristina Fernandes, o presidente da CUT disse esperar que o aumento dado ao funcionalismo público federal seja levado a debate pela oposição na campanha eleitoral de 2010, uma vez que ele se deveu a uma política de valorização e recomposição salariais, "após oito anos de massacre", a exemplo do que ocorre no Estado de São Paulo. Ele ainda destacou a mudança favorável na sistemática de reajuste do salário-mínimo.

Questionado, Antonio Palocci falou do Proer, levado a cabo no governo Fernando Henrique, considerando-o correto na ocasião, apesar da falta de transparência. Os bancos brasileiros, por terem passado por inúmeras crises, têm grande experiência e o melhor sistema informatizado do mundo, sendo que nosso Banco Central fiscaliza muito mais que o dos EUA, disse. Ele ainda demostrou preocupação com o sistema previdenciário brasileiro, por conta da queda acima da projetada na população.

Rui Falcão, a pedido da jornalista, comentou a campanha eleitoral de 2010, e disse que o discurso de parceiro, e não de contraposição, do pré-candidato da oposição é natural, dada a grande popularidade do governo Lula, pois grandes obras no Estado de São Paulo, como o Rodoanel e a expansão do Metrô, têm realmente verbas federais.

O presidente do Diretório estadual do PT, Edinho Silva, também destacou as diferenças entre a política social dos governos estadual e federal. A ministra do Turismo, Marta Suplicy, também comentou as diferenças entre os governo do PT e do PSDB. Disse ainda a situação do Brasil na atualidade mostrou que o PT sabe governar, mas tem de aprender a divulgar seus feitos. O deputado Enio Tatto (PT) também fez críticas ao governo Serra, que terminou 2008 com R$ 4,7 bilhões em caixa, "que dariam para aumentar o funcionalismo, aplicar nas escolas e hospitais e na segurança pública".

Ainda compareceram ao evento os deputados José Zico Prado, Simão Pedro, Adriano Diogo e Roberto Felício, todos do PT, deputados federais, como Carlos Zarattini vereadores e secretários municipais, alem de representantes do Sindicato dos Trabalhadores Energéticos do Estado de São Paulo (Sinergia), do Sindicato dos Gasistas e da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU).

alesp