Malou trata pictoricamente flores, frutos ou aves como se fossem "personagens"

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
18/08/2006 16:10

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Malou, pseudônimo artístico de Maria de Lourdes Rodrigues Pombo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Malou Pombo141003.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Clique para ver a imagem " alt=""Helicônias" Clique para ver a imagem ">

Uma espiral de tempo, de espaço, de sentimento e de cor flui da paleta cromática com a qual Malou libera cores harmoniosas que se condensam numa pintura substanciosa e elaborada. Com sensibilidade a artista fixa sobre a tela flores, naturezas mortas, aves e paisagens.

Tendo em vista os efeitos plásticos, o cromatismo e o equilíbrio tonal de que são revestidos seus quadros, uma nota particular deve ser atribuída às suas naturezas, às quais imprime movimento, por considerar flores ou frutas como se fossem "personagens".

Resultado de uma escala de emoções, suas obras transmitem uma vontade de comunicação em relação à liberdade formal. Seus enquadramentos espelham uma condição pictórica vivida em absoluta espontaneidade. A protagonista principal dos quadros de Malou é sobretudo a cor que utiliza. Sua paleta se impregna de impastos através de um enfoque estimulado pela pesquisa e pelas prospecções.

A artista reúne suas flores, seus frutos ou suas aves numa cenografia natural onde encontra uma solução bem distribuída e equilibrada. A temática e a cor de Malou interagem em perfeito entrelaçamento. Nada de pesquisa artificial e factual. O real é apresentado tanto na forma quanto na tonalidade.

Em sua obra "Helicônias", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, as flores constituem uma síntese da beleza de um vasto jardim de primavera. Sua pintura de perfumes da natureza, de murmúrios, de nuances e de tranqüilidade se exprime com uma técnica precisa e com a potência variada e vibrante das cores.



A artista

Malou, pseudônimo artístico de Maria de Lourdes Rodrigues Pombo, nasceu em 1953, em São Paulo. Seu gosto pela pintura vem de criança, quando adorava rabiscar com lápis coloridos. Formou-se professora de 1º grau em 1974. Lecionou por pouco tempo, porém, logo passando para a área administrativa do ensino, como auxiliar de direção.

Durante certo tempo pintou em tecidos, passando depois a pintar no gesso e em vitrais. Sua primeira tela foi executada em 1982, quando teve contato com o óleo, embora ainda pintando como autodidata.

A partir de 1996 freqüentou workshops e ateliês, passando por vários professores de diferentes tendências e aprendendo técnicas as mais variadas. Há alguns anos instalou seu próprio ateliê em sua residência.

Participou de diversas exposições, individuais e coletivas, destacando-se entre elas: bibliotecas municipais do Estado de São Paulo (de 1996 a 1998); Caixa Econômica Federal, São Paulo (de 1998 a 2001); II Salão Internacional Virtual das Artes Plásticas, onde recebeu o Prêmio Brazil-Art (2000); Espaço Cultural Fat"s Engenharia e Consultoria (de 1998 a 2002); 16ª Mostra de Arte da Granja Viana; Museu de Arte na Rede, Nova Friburgo, RJ (em 2002 e 2003); "Nova Era Cultural", Centro Cultural Aricanduva, São Paulo (2003). Sua última exposição na Assembléia Legislativa de São Paulo foi em 2003, no Espaço Cultural V Centenário.

Recebeu diversos prêmios e no mesmo ano conquistou o 1º Concurso Cultural de Pintura em Tela da Editora On Line e do Concurso Artemaio. Possui obras em diversas coleções particulares e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp