Museu de Arte: Franco de Renzis


22/03/2012 14:04

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Busca da Liberdade<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2012/francoDIrenzis2402291904d5f0a6da9b.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Franco de Renzis<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2012/francoDIrenzis4889611868871101728.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Franco de Renzis: sentimentos alternados de inquietação, serenidade, drama e felicidade





Sempre com grande maturidade, o artista Franco de Renzis coloca-se na grande tradição clássica da escultura italiana. Frente a suas esculturas sente-se que o centro de sua criação artística é o homem e a razão de ser. E estudando sua obra identificamos o homem com suas ações, seus sentimentos, seus pensamentos.



Não há dúvida que , através dos séculos, desde o tempo dos egípcios e dos gregos, todos os grandes escultores enfocaram o ser humano. Franco de Renzis como Daumier, pensa que o centro da criação artística e sua razão de ser é o homem, e que a representação humana é a mais exultante. Com ela, abraça a totalidade do mundo. O seu universo é, pois, o ser humano, sua religião e sua certeza. Sua fé faz vibrar suas obras, dando-lhes uma vida intensa.



O amor pela expressão humana caracteriza sua arte; e consequentemente a expressão de sua face tanto quanto de seu corpo. E esse amor é tão forte que, desde a adolescência o artista manifesta essa sensibilidade e esculpe, além de seus próximos, as figuras do quotidiano, bailarinas, trapezistas, cardeais e papas.



Hoje, como outrora, não se desvia dessa meta. É sempre com a mesma alegria, a mesma intensidade, o mesmo elán que modela o homem, a mulher, a criança.



Protagonista principal, a figura retratada por Franco de Renzis se apresenta em toda a sua beleza detalhando defeitos, qualidades e, sobretudo, movimento. Insatisfeito por natureza e perfeccionista ao extremo, o artista transforma sua matéria em poesia, gritos, silêncio e qualidades, luz e sombra. O conjunto de sua obra revela alternadamente inquietação, serenidade, vivacidade dramática e felicidade.



Na escultura "Busca da Liberdade", oferecida ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Franco de Renzis mantém essas características que, no dizer do saudoso poeta Mario Chamie, "permanecem entre o trauma da liberdade que não se realiza e a teimosa esperança de um renascimento quase impossível".



O Artista



Franco de Renzis nasceu em Agnone, Itália, em 1947, onde passou sua infância. Em 1962, junto com a família, mudou-se para Pistoia, na Toscana. Iniciou suas atividades artísticas em 1970, tendo sido importantes para sua formação o conhecimento e a amizade que manteve durante longo tempo com os consagrados artistas Pietro Annigoni e Romano Dazzi. Em 1977 transferiu-se para o Brasil onde viveu e trabalhou em Itapecerica da Serra, SP, atualmente divide o seu tempo entre Tizzana, na Toscana, (Itália) e Porto Seguro, na Bahia.



Suas principais exposições individuais foram na Galeria Documenta, SP, (1979); Sociedade Rural Brasileira, SP, (1980); Circulo Italiano de Cultura, SP, Festival d'inverno, Campos do Jordão SP, (1981); Espaço Cultural Sambra, SP; Galeria Arte Aplicada, SP, (1982,1983 e 1985); Galeria Ranulfo, Recife, PE; Galeria A.M.C., Buenos Aires, Argentina; Galeria Chelsea, SP, (1984); Galeria de Arte, Porto Alegre, RGS, (1987); Galeria André, SP, (1989); Art Miami, EUA (1993); Galeria Star, Palm Beach, Florida, EUA (1994); Galeria Trios, Tegucigalpa, Honduras, (1995); Galeria Tema, Montevidéu, Uruguai, (1996); Hall of Frames & Art Gallery, Boca Raton Flórida.



Participou ainda de inúmeras mostras coletivas, entre as quais destacamos Salão de Belas Artes de São Paulo, medalha de bronze, (1978); e medalha de ouro, (1979); Salão de Belas Artes de Penápolis, SP, (1980); Centro Cultural "Francisco Matarazzo"; Espaço Cultural Sambra; Galeria Arte Aplicada, (1981, 1982 e 1985); Galeria Annamaria Nyemeier, Rio de Janeiro, (1982); Galeria Chelsea, SP, (1983); 17ª e 18ª. Mostra de Arte Contemporânea, Chapel Art Show, SP, 1º prêmio, (1984 e 1985; Galeria A.M.C., Rio de Janeiro, (1986); Galeria André, SP, (1998).



Possui obras em coleções particulares no Brasil, Itália e Estados Unidos e nos acervos oficiais de diversos museus europeus e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp