A espontaneidade e a inspiração de Mirthes Bernardes na difícil arte do esmalte

Emanuel von Lauenstein Massarani
06/10/2003 16:36

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Mirthes Bernardes <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Mirthes.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Mirthes Bernardes é uma artista que nos últimos anos soube se inserir na difícil arte do esmalte. Sua estrela pessoal não é de nascimento espontâneo, mas fruto de um duro trabalho de preparação, de estudo e de confrontações. Hoje, recebe afirmações e julgamentos positivos onde quer que apresente seus belíssimos trabalhos.

Suas composições em esmalte bem demonstram o positivo de sua arte e apresentam um diálogo aberto, por meio de um figurativo bem impostado no desenho e acompanhado de um cromatismo brilhante.

Podemos dizer que tudo isso é o reflexo de um ambiente onde a luz e a cor estão presentes, uma vez que o calor da terra permanece no sangue e portanto não trai a si mesma.

A intuição e a sensibilidade de Mirthes Bernardes lhe permitem enfrentar temas que podem parecer distantes uns dos outros, mas são tão somente ilusão de ótica, porque a natureza com suas plantas, seus frutos, suas flores, constitui, dentro da maior liberdade, o motor de cada pensamento, de cada realização.



Dessa artista podemos relevar duas facetas importantes: uma tênue e delicada, outra, forte e vigorosa. Assim são as obras " Ipê Amarelo " (quadro) e " O mamoeiro " (escultura), doadas ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa. Uma e outra têm em comum a espontaneidade e a inspiração sustentada por uma valiosa pesquisa e por uma dedicada experiência.

A Artista

Mirthes Bernardes nasceu na cidade de Barretos em 1934. É formada em pedagogia e serviço social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Realizou cursos de escultura em cerâmica e concreto com o professor Sakai de Embu, pintura a óleo e asfalto com Ana Moisés de Souza, trabalhos em fibra com os tapeceiros do litoral norte de São Paulo, esmalte sobre metais com o professor Cid Freitas. Pertence ao Núcleo Brasileiro da Arte do Esmalte.



Participou de diversas exposições, no Brasil e no exterior. Com obras em Terracota na Mostra de Artes da Primavera, Embu; Salão de Artes do Embu; Semana do Folclore em Franco da Rocha; Boutique "Nem trombone, nem clarineta". Com obras em Esmalte sobre cobre, na Casa Cor (2001); "A Arte do esmalte sobre metais e suas multiplicidades", Espaço Cultural Júlio Prestes; Salão de D. Antônio de Orleans e Bragança, Hotel Le Bougain Ville; Núcleo Brasileiro da Arte do Esmalte; I Salão Imagem, Brasilton; I Salão Oficial de Artes Plásticas e Design, Lar Center; I Salão Oficial de Inverno, Campos do Jordão; Casa da Fazenda do Morumbi; Academia Brasileira de Arte, Cultura e História (ABACH); III Salão Bougainvillée; Espaço Cultural Grande Otelo, Sorocaba, SP; Casa da Cultura de Santo Amaro;

No campo internacional esteve presente na IV International 'El Món de l'Esmalt', Museu de l'Esmalt Contemporani, Barcelona, Espanha (2001) e na 5º Rencontres Internationales de l'Email em Morez (França) e Le Sentier, (Suíça);

Conquistou vários prêmios, destacando-se entre eles: 1º lugar no Concurso de Desenho para a Padronização do Calçamento da cidade de S. Paulo (implantado); Medalha de Ouro, 9º Salão da Associação. dos Artistas Plásticos de Santo Amaro; Medalha de Ouro, ABACH;

Prêmio Aquisição; "500 Anos de Brasil", ABACH; 3º lugar Salão Oficial de Artes Plásticas da Cidade de São Paulo.

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