Estado oferece apoio a setor da avicultura


30/10/2008 16:58

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Maria Lúcia Amary e Gondim (centro)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2008/GONDIM CRISE AVI.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O Estado está empenhado em intervir na crise da avicultura que está se comprometendo a sustentar três mil funcionários da empresa Frango Forte e mais três mil prestadores de serviço, entre eles os integrados (granjeiros) de mais de 30 cidades da região de Conchas, interior de São Paulo.

Esta foi a posição do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado, João Sampaio, em audiência nesta quarta-feira, 29/10, com oito prefeitos de municípios atingidos pela crise e os deputados estaduais Luiz Carlos Gondim (PPS) e Maria Lúcia Amary (PSDB).

O deputado Gondim sugeriu que o Estado devolva com rapidez o ICMS recolhido pela Frango Forte com a exportação. Segundo o diretor da empresa, Humberto Pavan, este valor está estimado em cerca de R$ 11 milhões. O secretário João Sampaio se comprometeu a conversar com o secretário estadual da Fazenda para liberação de créditos de ICMS o quanto antes. Além disso, Sampaio deve agilizar encontro entre produtores, Frango Forte e a superintendência do Banco do Brasil em São Paulo para tentar a liberação de crédito. "A saída a curto prazo é que os avicultores sejam autorizados pela empresa a formar parcerias com outras integradoras. Vivemos uma crise de crédito em todos os setores", afirmou Sampaio.

A reunião também teve a exposição do proprietário da empresa, Humberto Pavan, que afirmou que a dívida com os integrados gira em torno de R$ 5 milhões. Pavan explicou que a empresa não tem mais frango para abater, no entanto, está mantendo as matrizes para que a produção possa ser retomada. "Com dificuldades estamos cuidando das matrizes, mas não vamos suportar por mais de 15 dias. Após este período teremos de sacrificá-las" - explicou Humberto. Por semana, a Frango Forte enviava aos integrados 1,3 milhão de aves para engorda.

Para Gondim, a medida mais rápida para que as matrizes não sejam abatidas e a situação seja normalizada com urgência é o investimento, mesmo que estrangeiro, de um sócio. Gondim explicou que a aprovação de qualquer crédito a curto prazo é quase impossível. "O BNDES, por exemplo, exige um projeto bem elaborado para justificar o empréstimo e a destinação do recurso", disse Gondim.



lcgondim@al.sp.gov.br

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