Emoção e pudor, ternura e delicadeza: Zilá Troper cria uma pintura que murmura

Emanuel von Lauenstein Massarani
25/08/2004 14:00

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Aquarela Ancestralidade<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/zilaobra.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Zilá Troper<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/zila.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Zilá Troper é uma dessas artistas que escolheu não se afastar do tema escolhido, sem entretanto se "apoiar" em algum primitivismo expressionista nem cair na aquarela mundana ou num academismo detalhista. Trata-se de um caminho estreito que somente um verdadeiro pintor, e não somente um amador de talento, pode seguir...

Sua obra é intimista e calorosa; possui um sabor de consistência quase palpável de um local amado. A finesse de sua técnica aquarelística possui uma graça sedutora, sutil e penetrante. A espessura poética, humana e social cria um maravilhoso e envolvente equilíbrio de relações arquitetônicas e tonais.

Riqueza de sensibilidade e de conteúdo caracterizam a felicidade formal de cada aquarela que narra, no fluir da construção pictórica, a história de um homem e de sua aldeia ancestral. Desse encontro e de uma sempre nova freqüentação somos convidados a compreender e absorver a poesia de uma paisagem construída pelo homem e para o homem.

Zilá Troper consegue transmitir a dimensão de uma arte toda emoção e pudor, ternura e delicadeza. Seus panoramas, seus túneis, seus interiores de aldeia, suas paisagens secretas, seus porões traduzem a essência do visual, do tocável, do espacial, dentro de tons infinitamente delicados e de formas depuradas.

Na aquarela Ancestralidade, oferecida ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, existem sutilezas às quais o olhar deve lentamente se acostumar, coisas murmuradas que não saberíamos selecionar sem nos abstrairmos do tumulto dos modismos. Sua pintura é silenciosa, murmura.

A Artista

Zilá Troper, pseudônimo artístico de Zilá Goldstein Troper, nasceu em São Paulo, no ano de 1946.Freqüentou cursos de aquarela e desenho na Escola Internacional de Gráfica em Veneza- Itália, além dos ateliers artísticos, de Suzan Hirata (pintura japonesa), Ivanir R. de Castilho, Loli Di Natese, Marina Martelli e Kazuko Tanaka.

Participou de várias exposições, destacando- se entre elas:, Ateliê Dalton de Luca, SP,(1997); "hebraica" Universidade de São Paulo, SP, (1999); II Salão Oficial de Artes Plásticas de Caraguatatuba, SP; XXII Salão Limeirense de Arte Contemporânea, SP (2000); Galeria Mali Villas- Bôas, SP (2001); Vª Bienal Internacional de Aquarela, Cidade do México; Espaço Cultural do Ministério de Agricultura e Abastecimento, SP; XXVº Salão de Artes Waldemar Belizario de Ilhabela, SP; IIº Salão de Pintura Bunkyo, Museu de Arte Nipo Brasileiro, SP; VIª Exposição de Aquarela, Fundação das Artes, Caetano do Sul, SP; Casa da Fazenda do Morumbi, SP (2002); IV Salão de Aquarela de Barueri, SP; Aquarela e Gravura, Espaço HSBC, SP (2003); "Homenagem aos 450 anos de São Paulo", Memorial do Imigrante; XXII

Exposição de Artistas Contemporâneos, Sociarte, SP; Iº Salão Nacional de Artes de Paraty, RJ "Uma viagem de 450 Anos" SESC Pompéia, SP; "A Paisagem Paulista", Bunkyo, Museu de Arte Nipo brasileiro, SP.

Recebeu Menção Honrosa em aquarela no V concurso de Artes Plásticas "Arte In Forma" e na Galeria Mali Villas- Bôas, SP.

alesp