O técnico do Metrô, Sergio Avelleda, apresentou uma síntese dos dados sobre a estação Adolfo Pinheiro e explicou porque uma mudança na sua localização é muito difícil, "se não impossível", conforme afirmou. Apoiando-se em dados (desenhos, mapas e fotos aéreas) que expôs num telão, Avelleda falou que a linha lilás quando pronta atenderá 195 milhões de passageiros por ano e que cada estação é planejada em função de vários parâmetros. Os que determinaram a localização da estação Adolfo Pinheiro, são desde a proximidade com hospitais, escolas e o comércio, até o zoneamento, que desaconselha a construção de estação em área estritamente residencial. Avelleda disse que uma mudança de localização é problemática porque, ao mudar o eixo de influência, a estação pode não atingir os usuários do comércio. Isso ocorre principalmente se a estação estiver afastada mais do que 500 metros do passageiro, o que o faz optar por um transporte alternativo.

Além disso, a estação deslocada de onde está iria oferecer dificuldades técnicas muito maiores porque não há, na direção de deslocamento do metrô, nenhum espaço próximo onde caiba uma estação.

Os deputados presentes foram unânimes em elogiar a clareza da exposição e Enio Tatto (PT) pediu cópia dos dados apresentados para submetê-los à apreciação de outros técnicos, em busca de uma opinião alternativa. É de Tatto um requerimento de audiência pública, para uma discussão mais detalhada sobre a estação, com maior participação popular e de deputados que não sejam da própria comissão. O presidente da Comissão de Transportes e Comunicações, Aldo Demarchi (DEM), colocou em votação se a audiência poderia ser marcada durante a própria reunião desta quarta-feira, 7/5, mas o deputado João Caramez (PSDB) pediu vistas e a audiência foi colocada na pauta da próxima reunião.

Além dos deputados, estavam presentes na reunião alguns técnicos do Metrô e comerciantes da região que deverá ser desapropriada para a construção da nova estação.