Neste inicio de ano letivo, alunos de inúmeras universidades passam pelo chamado trote estudantil, uma espécie de iniciação à fase acadêmica. Quase sempre são noticiados casos de extrema violência praticados neste tipo de evento, mas a Universidade de Brasília (UnB) agora discute em colegiados a adoção de medidas punitivas para casos em que os trotes passem dos limites e exponham jovens a brincadeiras não saudáveis. No ano passado sete calouros de um centro universitário do interior paulista sofreram queimaduras durante a recepção aos novos estudantes. "Mas esse caso não é isolado, isso se repete todos os anos nas universidades brasileiras", afirma o deputado Gilmaci Santos, líder do PRB. O deputado lembra ainda que esse é um problema antigo. "Parece que se esquecem do quão importante é a universidade para a formação pessoal e profissional e cometem atos de humilhação e violência que de longe lembram a postura de uma pessoa bem esclarecida", disse Gilmaci. O parlamentar apresentou em 2009 o Projeto de lei 77, que proíbe o trote estudantil aos alunos que ingressam em cursos superiores de todo o Estado de São Paulo. A proposição determina que os dirigentes das instituições de ensino superior apliquem penalidades administrativas aos estudantes que praticarem o trote, incluindo a expulsão. gilmacisantos@al.sp.gov.br