A paisagem de Antônio Carlos Cimino: resultado da fusão de realidade e fantasia

Emanuel von Lauenstein Massarani
02/10/2003 14:00

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Antônio Carlos Cimino<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Antoni C Cimino.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra Paisagem sem título<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/AC Cimino Paisagem sem titu.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Um novo sentido de espaço domina a pintura de Antônio Carlos Cimino. Entre o espaço visto e o sonhado a diferença é mínima, sendo a tela somente um pretexto para fixar algumas idéias fundamentais, distintas das imagens simples, eminentemente essenciais, que refutam tudo o que é fácil e ornamental.

Sua pintura oscila entre solidão e melancolia, entre contemplação e conto. Ela se distingue por uma tendência à reflexão e ao monólogo interior. Esses valores o artista os desenvolve com cores sóbrias, rigoroso gosto cenográfico, mas renunciando a "efeitos" gratuitos. Pintor de estados de alma, mais do que de fatos, mesmo quando enfrenta a figura humana, a insere naquela paisagem íntima que revela a sua vocação.

As obras de Cimino, com sua simplicidade, criam no espectador um imediato envolvimento de harmonias repousantes e comunicativas. Sua espontaneidade é certamente a qualidade número um que deve ter um pintor: assim são os seus quadros. Mais do que qualquer coisa, através de cores fortes, harmoniza suas paisagens, expressões exaltantes de fusão da realidade e da fantasia.

Simples, instintiva, de toque quase ingênuo, sua pintura é imediata, sem o desenho para acolher a cor, como na obra "Paisagem sem título", doada ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa, em cuja comunicação poética existe algo de cordial e aberto. A arte de Cimino é também "arte de pretextos figurativos", que consegue se exprimir com justa medida e sobriedade.

O Artista

Antônio Carlos Cimino nasceu em São Paulo, em 1950. Artista plástico, jornalista e professor, é atualmente diretor do Jornal da Zona Leste, presidente do Sindicato das Editoras dos Jornais e Revistas de Bairro do Estado de São Paulo e da Associação dos Artistas Plásticos e Artesãos da Zona Leste. Influenciado pelo pai - um dos grandes pintores do século passado -, desde muito cedo se interessou pela pintura e pelas artes em geral.

Participou de inúmeras exposições coletivas, destacando-se entre elas: Shopping Leste Aricanduva; Universidade São Judas Tadeu; Espaço Cultural da Imprensa Oficial do Estado; Lions Club; Caixa Econômica Federal; Biblioteca Adelfa Figueiredo; Biblioteca Afonso Taunay; Ordem dos Empresários do Brasil; Macksoud Plaza Hotel; Santa Mônica de Campo Náutica; Palas Atenas; Liceu Artes e Ofícios e Espaço Cultural Banespa.

Realizou mostras individuais na Ordem dos Empresários do Brasil; Salão Nobre, Embu das Artes, programa Agostinho Zaccaro; Clube Espéria; Expo-Brasil Itália; Lions Clube de São Paulo; (API) Associação Paulista de Imprensa; Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal; Biblioteca Afonso Taunay; Biblioteca Adelfa Figueiredo; Espaço Cultural do Banco do Brasil; Teatro Arthur Azevedo; Clube Nacional de Intercambio Cultural; Espaço Cultural da Imprensa Oficial do Estado; Associação Cristã de Moços, (ACM) e Santa Mônica de Campo Náutica.

Recebeu diversos prêmios, entre os quais: Troféu Rouxinol de Pintura; Medalha de Ouro da Universidade São Judas Tadeu (1990, 1991, 1992 e 1993); Medalha de Prata OEB; Medalha de Prata Jose Anchieta; Medalha Caixa Econômica Federal; Menção Honrosa Lions Clube; Menção Honrosa Palas Atenas; Menção Honrosa VI Salão de Artes Imesp; Prêmio Especial, Universidade São Judas Tadeu - 1993; Prêmio Especial Cidade de Embu, Cidade das Artes; Destaque Especial SAIANC, Salão de Artes U.S.J.T.; Prêmio Alberto Mesquita de Camargo - 1993 e Homenageado do ano 1993 pela Universidade São Judas Tadeu.

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