Fórum em Marília: demandas por melhoria nas rodovias e encampação da Faculdade de Medicina


13/10/2003 22:11

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Presidente da Assembléia Legislativa, deputado Sidney Beraldo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/marilia111003C.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Segundo o presidente Beraldo, a questão do desenvolvimento econômico tem de ser amplamente discutida pela classe política<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Marilia131003.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Região administrativa de Marília<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Marilia.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

DA REDAÇÃO

O Fórum Legislativo de Desenvolvimento Econômico Sustentado realizou no sábado, 11/10, sua quinta reunião, na cidade de Marília.

O evento teve inicio com o pronunciamento do presidente da Assembléia, Sidney Beraldo, que falou sobre crescimento econômico, a partir da criação de emprego e renda, e explicou a finalidade do Fórum, do Índice Paulista de Responsabilidade Social e do Plano Plurianual. "Todas as discussões sobre esses temas reportam ao fato de que o Estado precisa dar eficiência a seus recursos, uma vez que conta com o maior PIB do pais", afirmou Beraldo.

Segundo o presidente, a questão do desenvolvimento econômico tem de ser amplamente discutida pela classe política. "Apesar de a Assembléia ter 22 comissões temáticas, não existe uma específica para o tema. Assim, criamos o Fórum para debater esse assunto."

Para Beraldo a geração de emprego e de renda é o que precisamos para retomar o crescimento do Estado e muitas ações podem ser implementadas regionalmente com essa finalidade.

O presidente explicou que o IPRS leva em conta dados além da renda per capita (método usado pelo IDH) para compor o fator riqueza. "O indicador foi uma iniciativa do Legislativo em parceria com o Seade." Quanto ao PPA, o presidente lembrou que é a primeira vez que o plano é discutido pela Assembléia nas regiões do Estado, em encontros com a presença da comunidade.

O deputado Roberto Felicio (PT) afirmou que, após esta ação da Assembléia, espera que o PPA possa ser melhor definido. "A participação de todos aqui presentes é importante para que possamos verificar o que diz respeito à região, sobretudo, no que se refere aos indicadores de riqueza, que em geral diminuíram."

Demandas da região

O representante da Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Paulo Boechard, disse que é fundamental melhorar a infra-estrutura de acesso para reativar a Alta Paulista. "Temos que incrementar a ferrovia, fomentar o transporte intermodal, pensar em um aeroporto para Marília e melhorar as condições das rodovias."

O deputado Vinícius Camarinha (PSB) apresentou as reivindicações da região. Segundo ele, as prioridades são: a encampação da Faculdade de Medicina de Marília por uma universidade pública, rompendo o vínculo com a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo; a vinculação do Hospital das Clinicas da Famema à Secretaria da Saúde; a duplicação da rodovia Marília-Bauru e a estadualização da BR-153 (que conta com uma comissão de representação na Assembléia para acompanhar a reivindicação ao governo federal).

"Temos indústrias alimentícias de ponta em Marília, o que possibilitou transformar o que há algum tempo era conhecido como o corredor da fome em produtor de alimentos", declarou Camarinha ao enfatizar a necessidade de ser instalada uma Fatec na região. "Com alto índice de qualidade na indústria local, falta mão-de-obra especializada. Esse problema seria minimizado com cursos profissionalizantes."

Sobre a Famema, Camarinha lembrou que falta apenas um decreto do governador para solucionar o impasse vivido pela faculdade, que conta com cursos de medicina e de enfermagem."

Estudantes apresentam reivindicação

Estudantes da Faculdade de Medicina de Marília compareceram ao evento com uma faixa, pleiteando a encampação da faculdade por uma universidade pública. Segundo o representante do diretório acadêmico, Vinícius Basílio Barbosa, a Famema foi estadualizada em 1994 e conta com dois hospitais, o das Clínicas, em Marília, e o Regional, em Assis.

"Se a parte de ensino fosse vinculada a universidades e os hospitais à Secretaria da Saúde, a instituição contaria com mais recursos orçamentários, contrariamente ao que acontece atualmente, uma vez que a Secretaria de Ciência e Tecnologia tem orçamento menor do que as universidades e a Saúde", disse o representante.

O Fórum faz sua próxima reunião na Região Adminsitrativa de Araçatuba na próxima sexta-feira, 17/10.

alesp