A indefinição sobre a ampliação ou não do aeroporto de Congonhas, o número excessivo de pousos e decolagens de aeronaves naquela área e a poluição ambiental decorrente dessas operações foram algumas das questões trazidas pela Associação dos Moradores do Entorno do Aeroporto de Congonhas (Amea), pelo presidente da entidade, René Pimentel Cadaval Junior, à CPI do Transporte Aéreo, na reunião desta quinta-feira, 22/10. Segundo Cadaval, a luta da Amea contra a ampliação do aeroporto já vem de longa data e sempre que alguma autoridade federal, municipal ou estadual se pronuncia a favor ou mesmo propõe algum estudo nesse sentido, as residências do entorno sofrem forte desvalorização. A Infraero informava, segundo ele, que a capacidade do aeroporto é de 12 milhões de passageiros por ano, mas que em 2006 o número de usuários chegou a 18 milhões e em 2007, ano do acidente com o vôo 3054 da TAM, chegou a 15 milhões de passageiros. Representando o prefeito Gilberto Kassab, o diretor de Desenvolvimento da Emurb, Rubens Chamas, informou haver estudos, segundo ele bastante preliminares, sobre uma eventual ampliação de Congonhas, mas que a decisão final depende também das esferas federal e estadual de governos. A definição dessa política aeroportuária é de extrema importância, alertou o deputado Rodolfo Costa e Silva (PSDB), pois vários investimentos dependem desse planejamento. O presidente da CPI, deputado Fernando Capez (PSDB), consultou os demais membros presentes à reunião sobre a possibilidade de se requerer uma resposta oficial da prefeitura sobre a ampliação. Já sobre a poluição ambiental, os deputados Rodolfo Costa e Silva e Carlos Giannazi (PSOL) solicitaram envio de ofícios à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Infraero para que esses órgãos informem sobre o sistema de controle existente para aferir a emissão de elementos químicos pela aeronaves. Costa e Silva sugeriu, ainda, que se busque parâmetros internacionais para comparações dessas emissões. Outro integrante da Comissão, deputado Alex Manente (PPS), também participou da reunião.