Através da arte Shippô, Kazuko Iwai cria um rigoroso equilíbrio entre técnica e relações tonais


28/04/2008 11:23

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Primavera<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/primavera (1 of 3).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Kazuko Iwai<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2008/kazuko iwai (3 of 3).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Resultado da queima a alta temperatura de pó de vidro e metais, os mais diversos, essa arte apareceu inicialmente no antigo Egito, atravessando a Europa na época medieval, onde foi utilizada em relicários de igrejas. Seguindo o caminho da seda, essa técnica chegou ao Japão onde sofreu modificações através de técnicas inovadoras que originaram peças de extrema delicadeza.

Batizada de Shippô tornou-se uma arte tradicional no país do Sol Nascente, cuja a beleza segundo os orientais vale "sete jóias juntas". Ainda pouco conhecida no Brasil essa arte encontra em Kazuko Iwai um mestre divulgador com um trabalho original, rico de conteúdo seguindo uma trilha insólita, difícil mas verdadeiramente nobre.

Entre liberdade operativa e percepção visual se identifica a mobilidade expressiva da artista. Mobilidade que encontra seus impulsos "na pura visibilidade" e alcança dados concretos através da transparência dos planos, cujo fator psicológico age sobre a cor e traço.

Silencioso e misterioso o universo de Kazuko Iwai vale-se dos atributos primários da representatividade: cor, luz e espaço, levando-os a resultados incomuns, mediante um rigoroso equilíbrio entre técnica e relações tonais.

A obra Primavera, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, representa uma grande lição para todos os que falam de arte, muitas vezes sem entender o significado dessa palavra.



A Artista



Kazuko Iwai nasceu em Tóquio, Japão em 1939. Transferiu-se para o Brasil em 1969 onde criou um atelier e um curso para o ensino da arte do Shippô na Granja Viana em Cotia. Formou-se em pedagogia pela Aoyama Gakuin, da Universidade do Japão.

Seu primeiro contato com esmalte foi em 1981, através da professora Masako Ueno, no Brasil. Aperfeiçoando-se a seguir com as professoras Akiko Miura (1984) e Toshie Miyakawa (1998) no Japão.

Participou de exposição em Tóquio organizada pela The Japan Enameling Artists Association, e de inúmeras mostras de Craft organizadas pela Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa em São Paulo (1989 e 1987); da Associação dos Artistas Plásticos de Santo Amaro (1998 e 1999); Espaço Ecumênico da LBV de São Paulo (1998); "Caminhos da Expressão", Eca da Universidade de São Paulo (1999) e Espaço Cultural Leonardo da Vinci (2000); Casa da Cultura Japonesa USP e Rencontres Internationales de L" Email em Morez, França e em Le Sentier, Suíça (2003); Parque Avenida Galeria de Arte, SP; 18ª Mostra de Arte da Granja Viana, SP e em conjunto com Tokako Kawamura na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa, SP (2004); 29° Salão de Artes Plásticas de Franca; VIII Expo Artes Craft Brasil Japão (2005), Grand Expo Kyo SP e Fundação Japão SP (2007 e 2008).

Recebeu inúmeros prêmios, medalhas de ouro, prata, bronze e suas obras encontram-se em coleções particulares no Japão, Estados Unidos, Brasil e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp