Assembléia deve informatizar toda a administração de pessoal


09/08/2005 15:22

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Maurício Ferraz, João Henrique e Lúcia Pinto Salles<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/RHmauricio joao lucia.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Será apresentado à Mesa Diretora da Assembléia, na próxima quarta-feira, 10/8, um novo sistema para informatizar o Departamento de Recursos Humanos (DRH). O projeto vem sendo desenvolvido há dez meses em parceria entre o Departamento de Informática e Desenvolvimento Organizacional (Dido), a Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (Fusp) e os próprios usuários do DRH, que vêm participando de todas as etapas de desenvolvimento do sistema de maneira a orientar os programadores sobre suas necessidades diárias.

Maurício Ferraz, diretor do DRH, destacou a prioridade do projeto, ressaltando que se trata de um trabalho extremamente complexo. "O sistema encontra-se em um estágio avançado de desenvolvimento graças à dedicação dos funcionários dos dois departamentos, que, apesar da falta de pessoal em seus setores, destinaram técnicos para que participassem integralmente na criação do novo sistema", afirmou Ferraz. O diretor reporta-se à experiência do Tribunal de Contas, que, em 1999, investiu R$ 600 mil no desenvolvimento de um programa semelhante, sem obter êxito em seus resultados.

Benefícios

A gerente do projeto, Lúcia Pinto Salles, salientou que, ao implantar o novo sistema, haverá maior facilidade no trabalho administrativo de cada funcionário da Assembléia, além de possibilitar um fluxo mais eficiente e transparente de informações. "A Assembléia utiliza atualmente vários sistemas desconexos, elaborados em plataformas diferentes. A adoção de um sistema integrado, que agrupe todos os procedimentos em um único banco de dados, nos permitirá, no futuro, prescindir da Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), para, finalmente, podermos elaborar nossa folha de pagamentos".

Lúcia considerou ainda que ao produzir fluxogramas dos processos administrativos " feitos no decorrer de 18 meses, com o envolvimento de todos os funcionários do DRH " foi reduzida a burocracia sem desatender qualquer preceito de legalidade. "A única ferramenta que ainda está em fase de aprovação jurídica é a assinatura eletrônica, cuja adoção facilitaria enormemente a tramitação de documentos, reduzindo vários procedimentos".

Convênio

Um dos participantes da parceria celebrada com a Fusp, o mestrando em sistemas e processamento de dados Daíton Bassi, explicou que, entre as maiores vantagens do novo programa, está a utilização de códigos livres. "A linguagem utilizada é Java, que com o software Hibernate 3 pode utilizar qualquer banco de dados e fucionar em várias plataformas (windows, linux etc.). Isso faz com que o sistema possa ser, no futuro, implantado em outros órgãos do governo sem a necessidade de licenças ou custos adicionais". O líder do "Projeto RH" pelo Dido, Alexandre Vernille, destacou que a metodologia de trabalho sugerida pela Fusp mostrou-se extremamente eficiente. "Qualquer incremento ao sistema é sempre realizado por duplas. O trabalho conjunto possibilita soluções mais criativas, além de reduzir drasticamente a ocorrência de falhas". Para Vernille, a parceria com a Fusp vem sendo muito positiva na capacitação dos técnicos da Casa, além de ser vantajosa economicamente. "O convênio foi firmado ao custo de R$ 68 mil, o que demonstra que os mestres e doutores da USP participam do projeto muito mais por idealismo do que pela remuneração financeira", afirmou.

Operação

Felipe Gomes, um dos desenvolvedores do sistema pelo DRH, explicou que o novo programa permitirá a automatização de rotinas até hoje executadas apenas em papel. Esse é o caso do histórico de cargos e salários: cada funcionário tem uma pasta, na qual são assentadas todas as alterações em seus vencimentos, o que inclui reajustes, promoções, substituições, entre outras. "Cada servidor poderá consultar pela internet seu registro funcional completo, cuja impressão terá valor de certidão".

João Henrique, também funcionário do DRH, trabalha na elaboração das rotinas que organizarão o controle de faltas e justificativas, se for o caso. "Cada diretor registrará, pelo sistema, a falta dos funcionários sob sua responsabilidade. Esta ação gerará, no dia seguinte, ao funcionário um comunicado de falta, mostrando a ele se há possibilidade de justificar sua falta, o que também será feito por computador. Isso economizará não só papel, mas o tempo que os funcionários perdem com a burocracia, o que resultará em maior eficiência geral da administração".

Para a conclusão do sistema, entretanto, os departamentos de Informática e Recursos Humanos têm ainda um longo percurso a ser trilhado, que necessita de investimentos. O Dido solicitará à Mesa Diretora, na próxima quarta-feira, o aditamento do convênio com a Fusp e a licitação de uma "fábrica de softwares" para disponibilizar técnicos, que trabalhariam em duplas com os funcionários da Casa, de forma a dar maior velocidade à implantação do sistema. A solicitação de Lúcia Salles é mais simples: "Não podemos perder mais funcionários, caso contrário não teremos pessoal para acompanhar o projeto".

alesp