Audiência pública debate localização ideal para Estação Adolfo Pinheiro


03/06/2008 18:36

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Sergio Avelleda<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2008/COM TRANSP SergioHenriquePassosAvelleda 03MAC.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Reunião da Comissão de Transportes e Comunicações<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2008/COM TRANSP MESA MAC 26.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Fagali<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2008/COM TRANSP JoseJorgeFagali 02MAC.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A localização da futura Estação Adolfo Pinheiro, da linha lilás do Metrô, foi o principal ponto de discórdia na audiência pública realizada nesta terça-feira, 3/6, na Assembléia Legislativa. Promovida pela Comissão de Transportes e Comunicações, presidida pelo deputado Aldo Demarchi (DEM), a reunião contou com a participação de dirigentes do Metrô, vários parlamentares, líderes comunitários e representantes dos comerciantes da região.

O líder do Governo na Assembléia, deputado Barros Munhoz (PSDB), embora defenda a realização de reuniões técnicas para se discutir a mudança de local, entende que em relação às indenizações, não cabe discussão. Para ele, elas são cabíveis em relação aos locatários. Munhoz lembrou que o trânsito na região já é insuportável e que essa obra vai trazer benefícios a toda coletividade.

As manifestações dos deputados Orlando Morando e João Caramez, ambos do PSDB, também foram nesse sentido. Morando, cuja família atua no comércio, classificou a posição do líder governista como a "mais lúcida possível", pois, "antes de defender o governo, o parlamentar deve se preocupar com a sociedade", afirmou. A deputada Rita Passos (PV) defendeu o diálogo para se chegar a um consenso.

Já os deputados petistas Enio Tatto e José Zico Prado discordam da posição governista. Para eles, é possível construir a estação em local próximo dali, atender o mesmo número de usuários e sem provocar os "dez mil desempregos" previstos. Tatto também entende que 40 mil metros quadrados reservados para o canteiro de obras é um exagero.

A tese levantada pelos deputados Olímpio Gomes (PV) e Carlos Giannazi (PSOL), de que haveria uma manobra do governo, acenando com "migalhas" para afetar convicções da população afetada, e propagando que alguns parlamentares não querem a expansão do Metrô, foi rebatida por Caramez, negando qualquer imputação desse discurso a parlamentares da oposição.

Fundados nos argumentos da manutenção do emprego e na preservação do patrimônio histórico, preservando a galeria Borba Gato, Ítalo Cardoso e o vereador Arselino Tatto (PT) defenderam também a alteração do projeto. O vereador afirmou, ainda, que a área destinada à estação pertence à Prefeitura de São Paulo e que até o momento a câmara municipal não foi instada a respeito.



Posicionamento do Metrô



Ao lado do presidente da Companhia, José Fagali, o diretor de Assuntos Corporativos do Metrô, Sergio Avelleda, afirmou que a empresa tem estudado o caso na busca de um resultado melhor com o mínimo de transtorno. Ele argumenta, entretanto, que "a desapropriação confronta interesses públicos em detrimento de valores individuais".

O diretor aponta dificuldades para se alterar o projeto, pois a área indicada pelos oposicionistas tem prédios altos e seus fundamentos (alicerces) inviabilizariam a passagem do túnel, ademais, seria uma área estreita demais e ocupada por uma escola freqüentada por dois mil alunos. Já o local previsto pelo projeto, além de ter dimensões adequadas, fica perto do centro comercial, de hospitais e universidade.

Avelleda justificou o tamanho do canteiro pelo fato de o Metrô ter de cumprir exigências da legislação trabalhista, construindo alojamentos e outras instalações necessárias.

Em relação às indenizações, ele declarou que o Metrô irá indenizar os locatários, bem como arcará com os custos de desinstalação e reinstalação dos comerciantes afetados, com o fundo de comércio e eventuais verbas indenizatórias em caso de desemprego decorrente da obra. Outra garantia dada é a de que não haverá imissão na posse até dezembro, a fim de que não afete as vendas de fim de ano.

Ao final, houve oportunidade para que a platéia se manifestasse. Embora houvesse discordância sobre alguns pontos e preocupação com as demissões previstas, todos foram unânimes em relação à importância da obra.

alesp