A Comissão Parlamentar de Inquérito da Febre Aftosa ouviu, nesta terça-feira, 14/4, o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, João de Almeida Sampaio Filho, que falou sobre a estrutura da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), ressaltando tudo o que foi investido até agora e o que está sendo feito para erradicar a doença no Estado. O secretário afirmou que a situação sanitária evoluiu bastante em São Paulo, não havendo focos de febre aftosa no Estado desde 1996, e tendo o Brasil já recuperado importantes mercados de exportação como a União Européia e o Chile. "Em médio prazo estaremos livres da aftosa sem a necessidade de vacinação", disse João de Almeida, admitindo que, apesar dos esforços, a luta ainda não está ganha. Para ele, o grande desafio da CDA é a inserção de novos métodos de trabalho, com mecanismos modernos e serviços de inteligência e tecnologia de informação. A previsão da secretaria é de que até 2011 não haverá mais necessidade de vacinação contra a febre aftosa. "Para que isso aconteça, Estados vizinhos como Mato Grosso e Paraná devem evoluir também", alertou o secretário, lembrando que, em maio deste ano, 5 milhões de animais bovinos de até 24 meses de idade serão vacinados; e, em novembro, todos os 12 milhões de animais receberão a dose da vacina. Ao ser questionado sobre os investimentos da secretaria, João de Almeida informou à CPI que, em 2007, o governo do Estado gastou mais de R$ 30 milhões com a modernização do sistema, informatização e treinamento de novos funcionários. GTA via internet Outro grande desafio da Secretaria de Agricultura, é a Guia de Trânsito Animal (GTA) emitida por processo eletrônico. O secretário acredita que muitos pecuaristas não têm condições de atravessar cidades para retirar o documento. "Hoje, fazemos tudo pela internet. Por que não emitir o GTA também por esse processo moderno?", questionou. De acordo com João de Almeida, o GTA eletrônico é o maior investimento de sua secretaria. Estiveram presentes à reunião, além do presidente Vinícius Camarinha (PSB), os deputados Rafael Silva (PDT), José Zico Prado (PT), Marcos Martins (PT) e Milton Flávio (PSDB).