Solenidade homenageia professores de imigrantes japoneses


05/06/2009 21:18

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 <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2009/profjaponesesmmy (4).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Osamu Mitsuo, Tashimichi Chisaka, Reimei Yoshioka, Sussumu Niiyama, João Caramez e Kokei Uehara<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2009/profjaponesesmmy (20).jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O ato solene realizado pela comunidade nipo-brasileira na noite desta sexta-feira, 5/6, homenageou os professores que ensinaram a língua portuguesa aos imigrantes japoneses e seus descendentes, superando dificuldades de comunicação com muita criatividade e dedicação. O Instituto de Solidariedade Educacional e Cultural (Isec) e a Associação Brasil-Japão de Pesquisadores (SBPN), organizadores do evento, encontraram como forma de homenagear esses professores " que "fizeram a diferença", como declarou Sussumu Niyama, presidente do SBPN " a edição de um livro com textos de descendentes japoneses sobre fatos ocorridos durante seu aprendizado e de como os professores acabaram por romper o isolamento em que se encontravam alguns alunos.

O evento teve como convidado especial o deputado João Caramez (PSDB), que relembrou fatos de sua infância e juventude junto a famílias japonesas, em Itapevi, cidade em que mais tarde foi vice-prefeito. Caramez citou especialmente as famílias Yoshuaki e Takeda e enfatizou a contribuição dos imigrantes japoneses na emancipação do município e no desenvolvimento do Estado de São Paulo e do Brasil.

Compuseram a mesa diretora do evento, além dos já citados, Ossamu Matuo, vice-presidente do Conselho Diretor da Fundação Kunito Miyasaka, o professor Reimei Yoshioka, presidente do Isec, Toshimichi Chisaka, diretor geral do Escritório Anexo do Conselho Geral do Japão em São Paulo, e o professor Kokei Uehara. Todos contaram um pouco de suas lembranças que, mesmo passados muitos anos (o professor Uehara, a despeito de seus 81 anos, lembrou-se do nome do seu primeiro professor no primário, na cidade de Olímpia) permanecem vivas.

Como parte da solenidade foi também exibido um vídeo com a professora Carmem, de Mogi das Cruzes, que, usando a música como apoio, conseguiu alfabetizar filhos de agricultores e aproximá-los da cultura ocidental usando palavras chaves como "natal" e "férias", palavras totalmente desconhecidos tanto no vocabulário como nos costumes das famílias de agricultores que não comemoravam o nascimento do Cristo e trabalhavam de domingo a domingo, o ano inteiro.

Os livros produzidos pelo evento, realizado no término das comemorações do centenário da imgiração japonesa no Brasil, serão doados a escolas e têm o objetivo de resgatar a importância dos professores que, literalmente, pegaram, e continuam pegando, na mão dos alunos para orientá-los e aproximá-los da nossa cultura, atitude que deveria ter sido tomada pelos pais, segundo Sussumu, mas que, "por conta da correria do dia-a-dia, foi terceirizada aos professores".

alesp