As proposições artística de Paula Kadunc: geometria, quebra-cabeça ou labirinto

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
31/05/2007 17:07

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Paula Kadunc<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Paula Kadunc MAU_0007.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Entrelaçamentos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Paula Kadunc Entrelacamentos.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Malevitch, pretendia no inicio do século XX que o seu quadrado era arte, introduzindo uma série de significados e eliminando uma série de outros. De um fato anônimo, ele fez um absoluto. Propondo trocar a noção de beleza, de representação, afirmava que a emoção não tem necessidade de objetos. Com seu famoso quadrado negro, ele experimentava mudar a função da arte fazendo um trabalho sobre a linguagem, a compreensão e a significação.

No inicio do terceiro milênio, Paula Kadunc organiza a superfície de suas obras com base de elementos unitários. As cores são empregadas através de séries sistematizadas. A preocupação da artista é de estruturar a superfície utilizando quase sempre o mesmo módulo, no caso também o quadrado.

A simplicidade do elemento inicial é indispensável, pois sua proposta é criar sistemas de organização. Acreditamos que, para a artista, o quadro constitui um fenômeno visual, um espetáculo, um quebra-cabeça, um labirinto, mas não um estado de alma. Entretanto, se a obra não comporta nenhuma mensagem, ela apresenta inúmeras proposições.

Certos críticos consideram essa atividade artística como incluída no domínio de um jogo, pois as impulsões não vêem das "entranhas", isto é, de uma motivação interior, de uma necessidade de exprimir algo impalpável. Se trata entretanto de um domínio bem diferente da decoração.

Na obra Entrelaçamentos, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Paula Kadunc se coloca como uma difusora que multiplica as possibilidades de organização ao redor de um mesmo espaço artístico.



A artista

Paula Kadunc, pseudônimo artístico de Maria Paula Kadunc, nasceu em São Paulo no ano de 1954. Seus primeiros estudos de arte tiveram inicio ainda na época do colégio onde freqüentou um curso clássico de arte e comunicação.

Formou-se em historia em 1975 e nos anos seguintes realizou viagens de estudo por toda a Europa, Japão, China e Filipinas com intuito de conhecer o maior numero de museus. No inicio da década de 80 trabalha no Museu de Arte de São Paulo como assessora de imprensa e relações publicas auxiliando ainda na curadoria de diversas exposições. Juntamente com a arquiteta Bya Barros abre um antiquário onde organiza leilões de arte com Luiz Arena. A partir dessa época realiza experiências e estudos sobre arte geométrica.

Na década de 90 dirige a Galeria Reflexus trabalhando com inúmeros artistas brasileiros e paralelamente freqüenta o atelier do escultor Paulo Tadee onde trabalha com desenhos e pinturas geométricas e passa a fundir esculturas em bronze.

Após estudar técnica de pintura com Marysia Portinari, a partir de 2001 inicia uma série de acrílicos sobre tela, seguindo sempre sua tendência geométrica. Tem participado com suas obras de várias exposições coletivas e leilões de arte e possui obras em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

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