Aproximadamente 60 pessoas participaram da comemoração do Dia da Solidariedade ao Povo Armênio, nesta quarta-feira, 3/5, que relembra uma das maiores tragédias do século 20: a matança em massa e o exílio de 1,5 milhão de armênios. O ato solene, realizado no monumento Cruz de Pedra, na Assembléia Legislativa de São Paulo, foi uma iniciativa do deputado Arnaldo Jardim (PPS), presidente da Comissão de Relações Internacionais da Assembléia.O grupo de escoteiros Sardarabad homenageou os 113 passageiros e tripulantes do Airbus A320 da companhia aérea Armênia Armavia que morreram na queda do avião no Mar Negro, na madrugada de quarta-feira. Após um minuto de silêncio, os eclesiásticos das igrejas apostólica, católica e evangélica armênia realizaram um breve ato ecumênico.O evento prosseguiu com o discurso do cônsul-geral da Armênia, ministro Achot Yeguizarian. "Somos gratos por todas essas manifestações de apoio, em especial à Assembléia Legislativa e ao deputado Arnaldo Jardim, que há 17 anos não deixa de reverenciar os mártires armênios", concluiu o ministro.Em seguida, Rizkalla Tuma, ex-presidente do Conselho Estadual Parlamentar das Comunidades de Raízes e Culturas Estrangeiras (Conscre), falou sobre o genocídio e os valores humanos. "Ouvíamos há pouco nossos representantes religiosos que trouxeram a mensagem de igualdade entre os homens. Porém, a frase "Amai-vos uns aos outros", conhecida há mais de 2 mil anos, parece não ter sido apreendida pelos líderes do mundo. Devemos guardar esta data como a lembrança de um episódio que jamais deve se repetir", afirmou Rizkalla.Nelly Nalbandian, diretora da Escola Paren, expôs a importância da mulher na reconstrução da Armênia e a relevância do papel feminino no mundo.O deputado Arnaldo Jardim discursou sobre a importância da comunidade armênia no desenvolvimento de nossa cidade. "Gostaria de agradecer à comunidade armênia que veio a São Paulo e contribuiu com o crescimento da economia, o desenvolvimento cientifico e as atividades culturais. Agradeço por essa comunidade estar sempre aberta ao diálogo e por congregar diversas origens", afirmou Jardim. "Tenho orgulho imenso pelo fato de os meus filhos terem sangue armênio. Aproveito para reafirmar o compromisso da Assembléia Legislativa de incorporar a causa armênia na busca de um mundo melhor."O evento contou ainda com a participação do coral Vahakn Minassian e dos cantores Adur e Margarete Kiultzian, que apresentaram canções clássicas.Por fim, foi anunciado o lançamento do livro Jogo Feito " Uma Historia a Contar, do historiador brasileiro Ivan Campos e publicado pela Editora Quartet, do Rio de Janeiro, que retrata os ecos do genocídio.ajardim@al.sp.gov.br