Criado por um decreto federal de 1965, o Dia do Folclore é comemorado no dia 22 de agosto. No Estado de São Paulo comemora-se o Mês do Folclore. Conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país, o folclore pode ser percebido na alimentação, na linguagem, no artesanato, na religiosidade e nas vestimentas de um povo. Trata-se do melhor modo de um povo compreender o mundo em que vive.A palavra folclore tem sua origem em dois vocábulos saxônicos antigos: "folk", que significa povo, e "lore", que quer dizer conhecimento. O termo, criado por um pesquisador da cultura européia, William Jonh Thoms, quer dizer "conhecimento popular". O folclore brasileiro pode ser considerado um dos mais ricos do mundo. Em homenagem ao dia e ao mês do folclore, selecionamos obras do Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo que enfocam o tema em suas diversas variações."Pavão Misterioso" " Vila NovaSuas figuras parecem se transformar em símbolos, como todas as coisas, as árvores, as flores, os animais pertencentes a esse mundo tão diversificado, misterioso e estimulante que o pintor tem a oportunidade de penetrar através do folclore do Nordeste."Baianas II" " Célia MessiasSuas baianas sem vulto estão inseridas num contexto histórico, folclórico e paisagístico da velha Bahia: na lavagem das escadarias do Bonfim, preparando quitutes ou fazendo oferendas, possuem movimento próprio."Samba 1" " Gabriele Longobardi Seu desenho é seguro e suas figuras solidamente estruturadas se destacam com cor quente e de forte tonalidade, levemente distendidas em certas passagens mais delicadas. Sua fantasia se direciona, muitas vezes, para a transfiguração de um certo surrealismo, o que possibilita uma imediata comunicação com suas obras."Casamento na Vila" " AlexPinta o que sente e o que vê, sem grandes preocupações com técnica, perspectiva e relações cromáticas. A sua arte repousa na poesia pura e ascética da vida. Cada tela sua é um ato de fé, um hino à natureza e ao ser humano."Três Cabras de Lampião" " Ladário TelesExatamente no seu traço é que o artista manifesta sua versatilidade. O seu conto, repleto de personagens, é constituído do casario dos povoados interioranos, onde as figuras humanas movimentam cenas do dia-a-dia e de fatos passados."Boemia" " D. EstevesNessa obra, o artista, usando um cromatismo bem brasileiro, procura traduzir visualmente, através de linhas improvisadas, os ritmos e as complexas arquiteturas da composição, onde uma certa presença geométrico-cubista se faz sempre presente. "Samba" " João Cândido da SilvaSeus caboclos e suas favelas, enfocados sob o sol dos trópicos, se transformam em uma feérica festa de cores. São quadros ricos, sonoros e, por incrível que pareça, transbordantes de felicidade, impregnados de uma bucólica poesia."Instrumentos do Folclore Brasileiro" " Geanete ReinisTrata-se de uma pintura que se revela refinada, especialmente pelo seu equilibrado cromatismo. É evidente que a artista encontrou instintivamente estas cores e descobriu a força dos vermelhos e dos violetas, a poesia dos laranjas, dos azuis e dos rosas. "O Vendedor de Aves" " Gilberto MassonSeu meio estilístico exprime em formas antiacadêmicas o seu "realismo populista". Suas figuras se movimentam seguindo esse realismo, onde cor e forma, realidade e fantasia, riqueza e ingenuidade encontram um modo de se amalgamarem como as notas de uma sinfonia campestre repleta de recordações de juventude, numa típica família de imigrantes peninsulares."O Vendedor de Potes" " Cipriano SouzaAs obras desse pintor do sertão nos parecem que possuem o efeito de prolongar a emoção visiva no tempo, até encontrar ritmos sempre diferentes em novos momentos de observação.