O "realismo populista" de Gilberto Masson: reflexo ideológico frente à realidade social


23/10/2007 10:46

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O vendedor de aves<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/vendedor de aves.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> O mulato<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/massarani mulato recorde.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Gilberto Masson<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/gilbertomasson290903.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Para Gilberto Masson, a arte devia ter como objetivo criar e comunicar com simplicidade, assumir uma inequívoca função social e se impor como meio de comunicação para todos, indistintamente.

O artista pensava que há muitos foi negada a possibilidade de uma dimensão estética inserida no mesmo quotidiano ou, quanto menos, que a arte imposta não era um "reflexo ideológico do artista frente à realidade social".

Representante de uma geração nascida sob o signo da ansiedade e que tanto se abre à esperança quanto se fecha na angustia e no furor, Gilberto Masson foi um artista puro cujo objetivo sempre foi a essencialidade, na qual se refletem a intenção de manter um discurso dentro de uma linguagem extremamente precisa, clara e, ao mesmo tempo, a vontade de prender o espectador.

Seu meio estilístico exprime em formas antiacadêmicas o seu "realismo populista", suas figuras se movimentam seguindo esse realismo, no qual cor e forma, realidade e fantasia, riqueza e ingenuidade encontram um modo de se amalgamarem como as notas de uma sinfonia campestre, repleta de recordações de juventude numa típica família de imigrantes peninsulares.

Tanto no quadro O vendedor de aves quanto na escultura O Mulato, doadas ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Masson nos oferece uma realidade depurada de toda revelação elitista, reduzida a uma imagem ingênua, quase primitiva.

O artista

Gilberto Masson nasceu em São Carlos, em 1938. Estudou na Escola de Belas Artes Dom Pedro II, no ano de 1955, paralelamente, a música, canto lírico e violino com o maestro Darwin Gioiosa. Participou ainda de várias peças teatrais na sua cidade natal e região, tendo como professor Francisco Marmorato no teatro Sesi.

Participou do XIII Salão de Artes Plásticas de Araraquara; Bienal de Artes e Esculturas de Jaboticabal; 1º Salão de Artes de Barretos; 2º Salão Pintart de São Carlos (1999); Mostra Geral de Artes de São Carlos, realizada na Oficina Cultural Sérgio Buarque de Holanda, na modalidade escultura; III Salão Pintart, Galeria Manzano, São Carlos (2000); IV Salão de Artes Pintart (2001).

Entre suas exposições individuais, destacam-se: Universidade Federal de São Carlos (1999); Museu Histórico Cerqueira César, São Carlos; Oficina Cultural Sérgio Buarque de Holanda; Espaço Cultural Faber Castell; Casa da Cultura Fernando de Morais, Barra Bonita (2000); Espaço Cultural Ufscar, São Carlos "O negro no século XIX", Fazenda do Pinhal, São Carlos (2001); Oficina Cultural Sérgio Buarque de Holanda (2001 e 2003).

Recebeu diversas Medalhas de Ouro e Troféus de Aquisição, além de ter participado da comissão avaliadora da fase municipal do Mapa Cultural Paulista 2000, no Teatro Municipal de São Carlos. Suas obras encontram-se em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp