Em defesa da fauna terrestre, as obras de Edson Teigi são impregnadas de surpreendente magia

Acervo Artístico
25/07/2005 16:51

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Edson Teigi Hirae<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Edson Teigi.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra "O Leão", doada ao Acervo Artístico do Parlamento Paulista<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Edson T.Leao.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A primeira impressão que temos ao observar a pintura de Edson Teigi é aquela de uma grande serenidade de dimensões ilimitadas. O artista não hesita recorrer a soluções formais, como a ruptura dos planos e a decomposição rítmica do tema central, que lembram as antigas estampas japonesas, naturalmente em linhas contemporâneas.

Em tal modo se formam espaços planos e contrastantes de curiosas manchas de cores que lembram a estética das colagens, que constituem o tecido cromático da paisagem e que, semelhantes a rios de cor aplicados sobre a tela, a impregnam de uma surpreendente magia.

Teigi tece a trama de seus contos enfocando exemplares da fauna terrestre, atento não tanto ao animal que o fascina, mas às suas metamorfoses e mutações, num espaço que não é mais de realidade, mas no qual toma sempre mais forma uma condição, um estado de sensibilidade, uma própria solitária e serena meditação.

Ora a tensão, ora o choque, ora o encontro, esses fragmentos de cor tendem a encontrar um ponto central, o espaço onde, como sobre um "ecran", o pintor transcreve sua vida cotidiana de ser humano. Assim, como a cor se delineia na substância real do tempo - feita de desacertos e reencontros, de silêncios e descobertas, de vazios e doces presenças, de feridas e de carícias, de dilacerações e de sonhos - assim como se torna gesto carregado de nós mesmos, ela se transforma em pintura.

Através da obra "O Leão", doada ao Acervo Artístico do Parlamento Paulista, Teigi deixa aflorar as imagens e os sinais de seu interior, sem nenhuma preocupação, senão aquela de ser verdadeiro, autêntica testemunha, quem sabe de uma fábula ainda possível, como a história do "Rei da Selva", como a nossa história num mundo melhor.



O Artista

Edson Teigi Hirae nasceu em Maringá, Paraná, em 1959. Filho de pai farmacêutico, também artista plástico, e de mãe imigrante do Japão, teve na infância forte influência da escola oriental (Nihongako). Mudou-se para o Mato Grosso do Sul e mais tarde cursou o ginásio no Instituto Americano de Lins, onde aprendeu marchetaria, marcenaria e artes em geral. Estudou em São Paulo no Instituto de Arte e Decoração, simultaneamente com a Escola Panamericana de Artes, onde formou-se com distinção. Freqüentou, também, a Universidade de Marília, onde concluiu o curso de Educação Artística.

Realizou inúmeras exposições individuais e coletivas, destacando-se entre outras: Galeria SENAC de Novos Artistas, Marília; II Exposição de Artes de Pereira Barreto, São Paulo (1990); "Arte-Natureza", Pereira Barreto; Expoatração de Arte, Ilha Solteira (1991); Mostra de Artes Casa da Cultura, Ilha Solteira; "Cor, Ritmo e Movimento", Casa da Cultura Cora Coralina, Andradina; IX Congresso da Sociedade Botânica de São Paulo, Ilha Solteira; Casa da Cultura, Ilha Solteira (1992); Casa da Cultura, Ilha Solteira; IV Mostra Municipal de Arte e Artesanato da Estância Turística de Presidente Epitácio (1996); UNESP, Ilha Solteira; Câmara Municipal de Ilha Solteira; Centro Municipal de Aprendizagem, Ilha Solteira (2001); Galeria Ponto das Artes, São Paulo; I Exposição de Belas Artes, Ilha Solteira; Ipê Park Hotel, Ilha Solteira; Espaço Cultural Anglo, Ilha Solteira (2002).

Participou, ainda, dos seguintes salões oficiais no Estado de São Paulo: I, II e III EXPOARTIS de Ilha Solteira (1982, 1984 e 1985); XI, XII, XIII, XIV e XV Salão de Verão de São José do Rio Preto (1992, 1993, 1994, 1995 e 1996); XXX Salão Ararense de Artes Plásticas Contemporânea, Araras; XV Salão Oficial de Belas Artes de Matão (1992); X Salão de Artes Plásticas de Presidente Prudente (1995); Mapa Cultural Paulista - Ilha Solteira (1996, 1998, 1999 e 2000).

Possui obras em diversas coleções particulares e oficiais, notadamente no Acervo Artístico da Assembléia do Estado de São Paulo.

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