Deputado Clodovil Hernandes está sendo velado na Assembleia de São Paulo


17/03/2009 21:29

Compartilhar:

Diplomação na Alesp <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2009/CLODOVILPOSSEALESPRob.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Clodovil Hernandes durante a diplomação na Assembléia Legislativa de SP <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2009/CLODOVIL085MAC.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Falecido ontem, 17/3, no Hospital Santa Lúcia, em Brasília, Distrito Federal, às 18h50, o deputado federal Clodovil Hernandes, vítima de parada cardíaca em decorrência de um acidente vascular cerebral sofrido na manhã desta segunda-feira, 16/3, em seu apartamento.

O corpo do deputado foi trazido do Distrito Federal para a cidade de São Paulo para ser velado a partir das 11h30 horas desta quarta-feira, 18/3, no Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São Paulo. O enterro está marcado para as 17h, no Cemitério do Morumbi.

Clodovir Hernandes - seu verdadeiro nome - nasceu na cidade de Belisário, região de São José de Rio Preto, Estado de São Paulo, em 17 de junho de 1937. Era filho adotivo do casal espanhol Domingos Hernandes e Izabel Sanches Hernandes.



Polêmico e ferino



Nos anos 1960, iniciou sua carreira como estilista de alta costura, concorrendo com outro ícone da moda, o costureiro Dener, uma rivalidade que marcou época. Sua fama rendeu-lhe, na década de 80, a apresentação de um quadro do programa TV Mulher, na rede Globo, com Marilia Gabriela e Marta Suplicy. Além de apresentador de televisão, foi ator, cantor e, no início de sua vida profissional, foi professor primário.

Foi eleito deputado Federal pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC), no pleito de 1º de outubro de 2006, com 493.951 votos, sendo o terceiro parlamentar mais votado do Estado de São Paulo. Tendo tomado posse em 1º/2/ 2007, seu mandato iria até 31/1/2011.

Na última quinta-feira, 12/3, esteve na sede do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, para o julgamento da ação de infidelidade partidária movida contra ele por seu antigo partido, o PTC. O partido solicitava a devolução da cadeira por ter o deputado ingressado, em setembro de 2007, no Partido Republicano (PR).

Vitorioso por unanimidade dos votos dos ministros do TSE, ao término da sessão Clodovil afirmou à imprensa: "Não gastei nada na minha campanha. Essas campanhas milionárias são sempre suspeitas. Eu fiz com o meu coração, mas antes disso trabalhei 40 anos", disse, e completou: "Não posso ficar feliz. Não é uma situação que traga felicidade. Sou feliz quando ajudo os pobres, quando cuido do povo que me colocou aqui".

Como parlamentar, foi autor de mais de 50 projetos de lei. Na Câmara dos Deputados integrou as seguintes comissões permanentes: Direitos Humanos e Minorias, Educação e Cultura, Relações Exteriores e de Defesa Nacional, todas como titular; e de Seguridade Social e Família, como suplente.

Por sua vontade expressa, era doador de órgãos, mas em razão da parada cardíaca que o vitimou, somente suas córneas puderam ser utilizadas.

alesp