Usando um lenço azul no pescoço, a cor do partido do premiê Rafic Hariri, assassinado em 2005, a comunidade libanesa em São Paulo compareceu ao Plenário Juscelino Kubitschek, na noite desta segunda-feira, 14/3, para reverenciar a memória de Hariri e para comemorar o Dia da Comunidade Libanesa. O deputado Simão Pedro (PT), presidente da sessão solene, lembrou que a Assembleia aprovou recentemente a lei de sua autoria que criou o Dia da Comunidade Libanesa, a ser comemorado em 14 de fevereiro, data escolhida em consenso com o Instituto Futuro para coincidir com a data do atentado que vitimou Hariri. Os deputados Adriano Diogo (PT), Arnaldo Faria de Sá, Protógenes Queiroz e Ricardo Izar se revezaram na tribuna para falar da importância de Hariri e de sua política de união e de modernização do Líbano. Todos lembraram que a colônia libanesa, que em São Paulo chega a 1 milhão de pessoas, ajudou e continua ajudando a construir o Brasil, em convivência harmônica com outras etnias, confirmando a tese de que o Brasil é o país da convivência pacífica. Durante a solenidade foi apresentado pelo Instituto Futuro um filme com cenas da Revolução dos Cedros, movimento libanês que aconteceu logo após o assassinato de Hariri, e contou com o apoio de todas as vertentes religiosas, exigindo a total retirada das tropas sírias, o que acabou acontecendo em 27 de abril de 2005. A mesa coordenadora do evento foi composta por Muhamed Habib, pró-reitor da Unicamp, Suheil Yamout, presidente do Instituto Futuro, Armando Sergio Prado de Toledo, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, e o senador Alfredo Cotait.