DA REDAÇÃO A Mesa diretora da Assembléia Legislativa, integrada pelo presidente, Sidney Beraldo, pelo primeiro secretário, Emidio de Souza e pelo segundo secretário, José Caldini Crespo, recebeu nesta quarta-feira, 11/2, dos representantes do Sindalesp, João Bosco da Silva, e da Afalesp, José Carlos Gonçalves, documento contendo as reivindicações salariais dos servidores da Assembléia para a próxima data-base, 1º/3.As entidades do funcionalismo basearam as reivindicações em estudo realizado pelo Dieese, que aponta perda salarial acumulada de 30,22%, segundo o IGPM, nos últimos três anos, para solicitar recomposição de vencimentos e reajuste nos valores unitários do vale-refeição. Os funcionários da Assembléia são os únicos no Estado que conquistaram uma data-base estabelecida em lei. A Mesa prometeu estudar o assunto e apresentar uma contraproposta dentro de uma semana. Entretanto, o presidente Beraldo já adiantou que recompor o poder aquisitivo em um único reajuste é muito difícil. "Reconhecemos que a inflação gerou perdas salariais, mas o Poder Legislativo tem limitações orçamentárias."O primeiro secretário afirmou que este foi apenas o primeiro contato e que a Mesa vai estabelecer um calendário de discussões sobre o assunto."As lideranças foram objetivas nas manifestações, mas trata-se de uma questão orçamentária que precisa ser muito estudada", declarou o segundo secretário.Outras solicitaçõesAs entidades entregaram também a proposta de reformulação da Resolução 776, o plano de carreira dos funcionários da Assembléia. O presidente Beraldo lembrou que se houvesse tempo hábil o ideal seria a implantação do novo plano de carreiras antes de qualquer reajuste. Porém, ante a aproximação da data-base, a Mesa se debruçará sobre as reivindicações de reajuste.José Carlos Gonçalves solicitou que a Assembléia adote o teto único, para que os funcionários da Assembléia recebam valores correspondentes aos do Executivo e do Judiciário.O presidente Beraldo encaminhou, por solicitação do Sindalesp, ofício ao presidente do Tribunal de Contas do Estado, de forma que aquele órgão receba os representantes de suas entidades para discutir reajustes, a exemplo do que acontece na Assembléia Legislativa.