Desde a vinda de Pedro Álvares Cabral, a Coroa Portuguesa se preocupou em colonizar o Brasil, mas somente 30 anos depois teve início efetivamente a conquista territorial, com a implantação das capitanias hereditárias. A partir de 1549, quando é determinada a vinda de um governador geral, diretamente subordinado ao rei de Portugal, finalmente o Brasil começa a ser povoado de modo mais sistemático. E assim vieram os primeiros jesuítas, chefiados pelo Padre Manoel de Nóbrega, como missionários para catequizar os indígenas e trazer a palavra da Igreja para os portugueses residentes na colônia. Em homenagem aos 450 anos de fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, que marcou o início da grande metrópole de São Paulo, apresentamos a biografia dos participantes desse fato histórico. Gaspar LourençoNascido em Vila Real - Portugal em 1529, e faleceu na Bahia em 1581. Irmão e depois Padre Jesuíta. Ingressou na Companhia de Jesus em 1553. Estudante e interprete, aprendeu a língua tupi. Participou em 25-1-1554, da fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga. Em 1560, acompanhou juntamente com o Padre Fernão Luis, por determinação do Provincial Luis da Grã, os índios de Piratininga que foram dar combate aos franceses no Rio de Janeiro, por solicitação de ajuda do Governador-geral Mem de Sá. Em 1575, com o Padre João Salônio, foi o responsável pela primeira tentativa de colonização em Sergipe, quando percorreram algumas aldeias, notadamente a dos índios Kiriris na confluência dos rios Piauí e Jacaré que tinham o comando do cacique Surubi. Por onde passaram, fundaram missões e ergueram igrejas dedicadas a São Tomé, Santo Inácio e a São Paulo, esta última provavelmente em território que hoje pertence ao município de Aracajú, localizadas em terras dominadas pelos caciques tupinambás Surubi, Serigi e Aperipê. A principio os jesuítas conseguiram atrair os índios para a catequese, mas os soldados que vieram proteger os religiosos começaram a praticar violência nas aldeias, roubando produtos e raptando as mulheres. Os indígenas, revoltados, expulsaram os padres e os soldados de suas aldeias. Posteriormente o Padre Gaspar Lourenço foi transferido para a Bahia aonde veio a falecer.