Ato Solene em homenagem a Florestan Fernandes


02/08/2005 16:37

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Florestan Fernandes (em destaque)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ensinopublico.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Na próxima segunda-feira, 8/8, a Assembléia realizará ato solene em homenagem a Florestan Fernandes. O evento é uma iniciativa do reputado Renato Simões (PT) e ocorrerá no Auditório Franco Montoro, às 19 horas.

Foram convidados para o ato o filho do sociólogo, Florestan Fernandes Júnior, o presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária e candidato à presidência nacional do PT, Plínio de Arruda Sampaio, o sociólogo Francisco de Oliveira e o jornalista Vladimir Saccheta.

O ano de 2005 marca uma década da morte do sociólogo, uma referência para a esquerda brasileira, em especial, para o PT, partido em que ingressou a convite de seu então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

Florestan foi eleito deputado federal duas vezes pelo PT, destacando-se na defesa da escola pública e do projeto de Diretrizes e Bases da Educação, além de ter mantido, durante toda a vida, coerência com seu pensamento e obra.

Vida Dura

Florestan Fernandes nasceu em São Paulo, em 22 de julho de 1920, numa família pobre do bairro do Brás. Já aos seis anos, Florestan começou a trabalhar como engraxate, depois como auxiliar de marceneiro, de barbeiro, de alfaiate e como balconista.

A vida dura levou o garoto a abandonar a escola aos nove anos, só retomando aos 17, quando concluiu o equivalente ao atual supletivo. Na época era cozinheiro em um bar na Rua Líbero Badaró.

Depois de um ano deixou o bar e foi ser vendedor de produtos farmacêuticos, período em que entrou na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de São Paulo. Ele dizia que nesse momento o Vicente " nome por que sua madrinha, patroa de sua mãe, costumava chamá-lo, já que não considerava seu nome apropriado a uma criança pobre " começou a morrer, sobrevindo o Florestan. Obteve a licenciatura em 1943, ano em que o jornal O Estado de São Paulo publicou seu primeiro artigo.

Florestan casou-se em 1944 com Myriam Rodrigues Fernandes, com quem teve seis filhos. No mesmo ano, tornou-se assistente do professor Fernando de Azevedo, na cátedra de Sociologia II.

O sociólogo obteve o título de mestre em 1947 de doutor em 1951, ambos sob orientação do professor Fernando de Azevedo. Concluído o doutorado, Florestan passou a livre docente da USP na cátedra de Sociologia I e, posteriormente, tornou-se professor titular.

Em 1969, Florestan foi exilado com base no Ato Institucional nº 5, passando a viver no Canadá, lecionando na Universidade de Toronto até 1972, quando retornou ao Brasil e passou a trabalhar como professor de cursos de extensão no Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo. Lecionou também nas universidades de Columbia e Yale, nos Estados Unidos, até estabelecer-se como professor titular na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1978.



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