Assembléia Legislativa homenageia comunidade italiana

Encontro que reuniu cerca de mil pessoas serviu também para que parlamentares externassem apoio ao deputado Vitor Sapienza
01/06/2005 19:11

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Vitor Sapienza (no alto) e Arnaldo Jardim (abaixo)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/SAPIENJARD.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Cerca de mil pessoas " de nacionalidade e de descendência italiana " participaram nesta segunda-feira, 30/5, da 15ª edição do "Dia da Comunidade Italiana", no plenário Juscelino Kubitschek da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, em sessão solene de iniciativa do deputado Vitor Sapienza (PPS).

A abertura da solenidade foi feita pelo presidente da Casa, Rodrigo Garcia, que destacou em seu discurso a importância dos italianos em nossa história, com contribuição na economia e cultura do nosso país. Rodrigo Garcia referiu-se especialmente ao deputado Vitor Sapienza afirmando: "Quero registrar perante todos o respeito, o carinho e a admiração que tenho pelo deputado Vitor Sapienza, uma pessoa com larga experiência política e que já presidiu a Assembléia Legislativa".

Rodrigo Garcia afirmou que, quando chegou ao Parlamento paulista, há seis anos, teve a oportunidade de aprender muito sobre o funcionamento da Casa com Sapienza que, além de um grande amigo, foi um professor. "Tenho certeza que Sapienza é também assim considerado por muitos outros deputados que estão presentes nesta sessão solene. Portanto, a experiência e a serenidade do nobre deputado Vitor Sapienza ajudaram muito a Assembléia Legislativa, na tomada de decisões importantes, a errar menos e a acertar mais."

Rodrigo Garcia disse ter uma Presto, portanto, minhas homenagens ao nobre deputado Sapienza, com quem tenho uma dívida de gratidão com Sapienza. E completou: "estou certo de que continuaremos contando com a colaboração e a experiência deste nobre parlamentar."

Estiveram presentes ao ato, o presidente do TRE/SP, desembargador Álvaro Lazzarini; a presidente do Comitê dos Italianos no Exterior (Comitês), Rita Blasioli Costa; o cônsul-geral da Itália em São Paulo, Gian Luca Bertinetto; o líder do PSDB, deputado Ricardo Tripoli; o 1º vice-presidente da Assembléia, Jorge Caruso; o líder do PPS, Arnaldo Jardim, e Cláudio Pieroni, do Conselho Geral dos Italianos no Exterior.

Foram agraciados com o Troféu Loba Romana 13 personalidades de descendência italiana, que por sua atuação contribuíram para estreitar ainda mais os laços culturais entre Brasil e Itália.

Arnaldo Jardim referiu-se à decisão anunciada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de cassar o mandato do deputado Vitor Sapienza e lhe prestou apoio: "por favor, não punam a vontade de trabalhar, a disposição de servir, o parlamentar que cotidianamente presta conta de seus atos à comunidade, o servidor público exemplar que nunca teve nada que desabonasse o seu sentimento público e o exercício da sua atribuição. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) absolveu o deputado, por unanimidade, anteriormente a decisão do TSE", informou Jardim.

Segundo Jardim, a Loba Romana "não se entrega em período de eleição, bem como os cursos de informática do deputado Sapienza não são apresentados três meses antes da eleição, são anos de atividade que deram oportunidade a jovens de se inserirem no mercado de trabalho".

No encerramento da sessão, Sapienza lembrou seu passado de garoto pobre que jogava futebol na várzea e ganhou uma bolsa de estudos para o Liceu Coração de Jesus, que permitiu alcançar um emprego. Trabalhou de dia, estudou à noite, formou-se em economia e fez um concurso para fiscal de renda. "Quando vim para Assembléia, não tinha vivência partidária nem política. Em 1994, comprei um ônibus e ganhei outro ônibus velho. Tirei todos os bancos e montei mesinhas. Da Olivetti ganhei 22 máquinas de escrever e montei-as nos ônibus-escola, que se deslocavam entre quatro favelas de São Paulo. Cursos de datilografia eram oferecidos nas favelas. Com a chegada dos computadores, em 1997, as máquinas de escrever foram substituídas.

"De lá para cá- prosseguiu o parlamentar " foram formados 33 mil adolescentes que não teriam condições de pagar curso de informática e que não votam. Em 2002, uma senhora de pouco mais de 70 anos apresentou uma denúncia dizendo que ela freqüentou um curso que só falava de mim e que sua neta também achou que o curso só falava de mim. Ora, se faço um curso durante 10 anos vou falar de quem? Do presidente da República? Do governador de São Paulo?"

"Não sou formado em Direito e imaginei que seis a zero fosse suficiente para arquivar o processo", disse, referindo-se à decisão unânime do TRE a respeito da causa.

"Tudo correu à revelia. Meu advogado não apresentou defesa. Julgado, fui condenado a ter o mandato cassado e estou entrando com o recurso legal". informou. E concluiu: "peço simplesmente para que a justiça seja feita".



vsapienza@al.sp.gov.br

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