Brockhausen valoriza suas figuras através de exaltantes tensões do espírito e momentos de alegria


25/06/2008 09:54

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Brockhausen<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2008/Brockausen.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Soldador<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/06-2008/Soldador.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Na pintura a pastel de Brockhausen a realidade, reproduzida com sensibilidade impressionista, revela uma ânsia de pesquisa que se alastra além da própria linguagem das coisas, sempre repleta de sugestivos chamamentos e alcança verdades mais profundas e essenciais.

O prodígio é confiado ao verdadeiro elemento constitutivo de sua arte: a cor que possui ressonâncias totalmente pessoais pela carga intensa com que o fato cromático estrutura seus trabalhos.

Podemos dizer que Brockhausen constrói com a cor ritmos insólitos no sentido que ele imprime à partitura das zonas e das massas. Ele cria com traço tangível uma sua realidade mais facilmente compreensível e emocional exprimindo força e imediatismo em suas obras pictóricas a pastel.

Não há dúvida que elas revelam o respeito pela visão e, sobretudo a capacidade expressiva ancorada na verdade. Uma variante emocional é a luz que permanece o ponto ativo de sua arte. Resultado da fusão quase monocromáticas de tintas pacatas e refinadas, seus cinzas criam a ambientação desejada.

O artista deixa transparecer através de suas figuras - como, por exemplo O Soldador, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo - grande parte de sua sensibilidade e de suas ânsias. Nelas encontramos um sentido de dolente nostalgia, um conjunto de reminiscências, divagações, desejos esmagados, esperanças vãs, esperas diluentes, além de momentos de alegria intermediados de sutis e exaltantes tensões do espírito.





O artista



Brockhausen, pseudônimo artístico de Dieter Wolfgang Brockhausen, nasceu em São Paulo em 1944. Formou-se na Escola de Belas Artes de São Paulo em 1962 e pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie em 1981. Realizou diversos cursos complementares notadamente no campo da escultura e modelagem com o professor Vicente Larocca, cerâmica e perspectiva no Instituto Nobel.

Filho de imigrantes alemães teve seu primeiro contato com a arte, através de seu progenitor, um autodidata na matéria. Em 1958 concorreu a uma vaga na Escola de Belas Artes de São Paulo, classificando-se em primeiro lugar, ocasião em que recebeu uma bolsa de estudos fornecida pela Prefeitura do Município de São Paulo.

Já no primeiro ano do curso participou da seleção para o Salão Paulista de Belas Artes de São Paulo. Em 1963 interrompeu seus estudos para se iniciar na vida profissional como designer em agências de propaganda.

Ainda assim, paralelamente ampliou seus conhecimentos através de estudos em iconografia e policromia. De sua formação como designer e posteriormente como arquiteto desenvolveu-se profissionalmente na arquitetura promocional. Seus projetos têm sido premiados em eventos internacionais na Alemanha e nos Estados Unidos.

Recentemente redescobriu as origens da arte realista através de contatos com o artista plástico e professor Maurício Takyguthi, com o qual está se aperfeiçoando teórica e praticamente nas diversas técnicas e materiais tendo como enfoque, a pintura a óleo.

alesp