Comissão debate políticas públicas para tratamento do câncer de mama


16/11/2010 20:10

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Ermantina Ramos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2010/ComSaudeErmantinaRamosROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Luiz Carlos Gondim<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2010/ComSaudeDepGondimROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Adriana Bacci, Anastacia Konstantinovas, Vera Lucia Monari e Ermantina Ramos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2010/ComSaudeROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Adriana Bacci<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2010/ComSaudeAdrianaBacciROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Marcos Martins<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2010/ComSaudeDepMartinsROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Doença que mais mata mulheres no país é a que tem prevenção mais fácil



A Comissão de Saúde e Higiene recebeu nesta terça-feira, 16/11, a médica Adriana Bacci, gerente do Programa de Câncer de Mama Brasil da American Cancer Society (ACS), para apresentar os resultados do 1º Fórum Intersetorial de Controle de Câncer de Mama no Estado de São Paulo. O evento aconteceu nos dias 2 e 3/2, e teve a participação de 69 entidades, entre órgãos governamentais, hospitais e ONGs.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) em 2010 devem ser contabilizados 49 mil novos casos de câncer de mama. Esse é o câncer que mais mata mulheres no país, mas que, ao mesmo tempo, é o que tem mais fácil prevenção. Apesar de o Estado de São Paulo contar com boa infraestrutura e políticas específicas para o câncer de mama, há ainda barreiras a superar.

Um dos problemas levantados é o fato de que o Estado de São Paulo assume o ônus do tratamento de pacientes de outros Estados ou até de países vizinhos, numa proporção de 60% dos casos. Para isso, seria necessário um mecanismo de ressarcimento dos custos. Uma das soluções seria regulamentar a Emenda Constitucional 29/2000, que assegura recursos mínimos para o financiamento de ações e serviços de saúde.



Recomendações



O objetivo do fórum foi mapear a situação atual do controle da doença, desenvolver recomendações para abordar a doença de forma multidisciplinar e celebrar os avanços obtidos. O fórum especificou três eixos de atuação: rastreamento e detecção precoce; diagnóstico e tratamento; e cuidados paliativos.

Como recomendações prioritárias para a detecção precoce do câncer de mama, estão a necessidade de garantia da qualidade da mamografia, que é o principal exame para diagnóstico da doença, e a capacitação dos agentes de saúde, enfermeiros e médicos sobre o exame clínico das mamas.

Há uma polêmica entre as recomendações sobre a idade para início da mamografia. O Inca preconiza que seja a partir dos 50 anos de idade mas, por lei, é a partir dos 40 anos, o que foi considerado mais condizente com a realidade brasileira.

O fórum recomendou ainda nesta vertente de detecção precoce a busca, por parte das unidades de atendimento básico à saúde, de mulheres na faixa dos 50-69 anos que nunca fizeram uma mamografia, e a disponibilização de mamógrafos móveis e itinerantes para atender a cidades menores. Adriana Bacci destacou a importância do exame clínico feito por profissionais capacitados, que é melhor que o auto-exame, por ser mais preciso.



Diagnóstico e cuidados paliativos



Na busca de uma regulação e adequação dos tratamentos oncológicos e da padronização do sistema, garantindo o acesso a diagnóstico e tratamentos, o fórum recomendou prioritariamente o cumprimento da Portaria 741/2005 do Ministério da Saúde, que reduz o tempo de espera, entre outras medidas. A intenção é garantir o atendimento em 30 dias para pacientes com mamografia alterada. Também é necessário garantir uma cota maior de agulhas grossas para a realização de biópsias.

É urgente a divulgação na sociedade brasileira da noção de cuidados paliativos. A profissão deve ser regulamentada, com capacitação feita de forma padronizada e estabelecimento de um fluxo de protocolos específicos. Uma das recomendações é a implantação de estruturas integradas aos hospitais e serviços públicos, para assistir e treinar familiares, cuidadores e agentes da saúde. Também foi recomendada a criação de uma remuneração específica na Tabela SUS.

Participaram da reunião, além dos deputados Luiz Carlos Gondim (PPS), Marcos Martins (PT) e Pedro Tobias (PSDB), Vera Lúcia Monari, presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer do Estado de São Paulo (Unaccan), que congrega 280 entidades no Estado de São Paulo, Ermantina Ramos, da Unaccan e da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) e Anastácia Konstantinovas, da Unaccan de São Caetano do Sul. As representantes das entidades pediram apoio aos deputados, na forma de gestões para aumento de verbas para a saúde tanto em nível estadual como federal.

alesp