Assembléia Popular


07/03/2007 15:53

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Marcelo Vilar, do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/APOP-Marcelo Vilar03.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Sílvio Luiz Del Giudice<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/APOP-Silvio Luiz Del Giudici05.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Eureni Pereira, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/APOP-Eureni Pereira02.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Maria Lima Matos, delegada de polícia aposentada e presidente da entidade Mulheres em Defesa da Vida<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/APOP-Maria Lima Matos02.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Luiz Silveira, do Movimento Brasileiro da Indústria da Doença<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/APOP-Luis Carlos Soares da Silveira.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Nilton de Martins, do Sindicato dos Radialistas<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/APOP-Nilton de Martins02.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Indústria da bebida

Segundo o professor Luiz Silveira, do Movimento Brasileiro da Indústria da Doença, "11,2% do povo brasileiro utiliza bebidas alcoólicas". Para ele, o alcoolismo é uma doença da família e afeta várias áreas da vida da pessoa, e os hospitais não estão preparados para atender os dependentes do álcool. Silveira sugere que a Assembléia Legislativa crie uma lei para cobrar mais impostos da indústria de bebidas, ajudando assim a pagar a conta dos problemas de saúde causados à população".

Educação descontinuada

Mauro Alves da Silva, do Grêmio Social Esportivo Recreativo Sudeste, disse que, "na guerra contra a Secretaria da Educação, quem venceu foi o corporativismo, que conseguiu acabar com a progressão continuada e a aprovação automática, a partir do próximo ano". Silva acha que o sistema vai acabar porque os professores não gostavam de fazer relatórios individuais. "Dava muito trabalho", ironizou. Silva lembrou o Dia Internacional da Mulher e disse que "95% dos profissionais da Secretaria de Educação são mulheres, que devem fazer alguma coisa para melhorar o ensino".

TV Cultura

Nilton de Martins, do Sindicato dos Radialistas, criticou o corte de verba da Rádio e TV Cultura pelo governo do Estado. Martins disse que matéria publicada pelo jornal Gazeta Mercantil aponta que a queda de investimento na fundação já é de 13%. Ele aproveitou para solicitar melhores acomodações para os funcionários da TV Cultura que prestam serviços para a TV Assembléia. Segundo o orador, eles trabalham em condições precárias, "numa sala de 5 x 5 metros, amontoada de equipamentos, onde inclusive fazem as suas refeições".

Cidadão alerta!!!

José Roberto da Silva, do Movimento Comunidade de Olho na Escola Pública (COEP), distribuiu um boletim em que protesta contra o desrespeito pelas autoridades ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Ele declarou que a juventude brasileira, além de não ser esclarecida para assumir papel de destaque na sociedade, é informada de que a má qualidade do ensino e da educação formal é culpa das famílias. Segundo o folheto intitulado Deuses com Pés de Barro, as autoridades, em todas as esferas, não respeitam as leis, ferindo a dignidade humana.

Política de segurança

Para Maria Lima Matos, delegada de polícia aposentada e presidente da entidade Mulheres em Defesa da Vida, o governador José Serra adota uma política de segurança "vampírica", de desrespeito aos direitos civis e políticos do cidadão. Ela protestou contra o assassinato por facções criminosas, de um policial militar no Morro do Macaco, em Guarujá, com quem trabalhou em várias ocasiões. Estendeu suas críticas à conduta do governador na área de segurança, denunciando a violência contra o povo de rua na capital.

Potencialidade do jovem

Anderson Cruz, do Instituto Educação São Paulo, falou da importância de desenvolver as potencialidades do jovem para o trabalho pela comunidade como forma de prevenção da criminalidade, da evasão escolar e também como fator de diminuir o índice de internações na Febem. Destacou que esse é o objetivo do programa do Rotary Internacional, o Rotaract Clube, que está completando 39 anos de criação. Convidou a todos para as comemorações da data, em 17/3, na Câmara Municipal de São Paulo.

Lamentação no ensino público

A representante do Núcleo de Apoio e Alunos (Napa), Cremilda Estella Teixeira, disse que voltava à tribuna para, mais uma vez, reclamar das mazelas do ensino público brasileiro. A análise sobre o ensino público divulgada nos últimos dias, lamentada pela atual secretária da Educação do Estado, também foi alvo de crítica por parte de Cremilda, para quem o lamento deve ser da população. A oradora também voltou a pedir maior fiscalização na atuação dos professores dentro da sala de aula, pois, segundo ela, "cerca de 90% dos professores não trabalham direito". Ao invés de lamentar e afirmar que os professores poderão reprovar alunos, Cremilda entende que a secretária deveria exigir uma instrução melhor por parte dos docentes.

Profissionalização para portadores de deficiência

A falta de centros profissionalizantes para pessoas portadoras de deficiência foi criticada por Marcelo Vilar, do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência. Segundo Vilar, a lei que obriga as empresas com mais de 100 funcionários a ter uma porcentagem de funcionários portadores de deficiência também deveria prever a criação de centros profissionalizantes para capacitar essas pessoas especiais para o trabalho. Outra reclamação de Vilar é em relação aos telecentros criados pela Prefeitura de São Paulo. Ele pede o aumento do número desses telecentros e também que sejam mais acessíveis aos portadores de deficiência, a fim de promover a inclusão digital dessa parcela da população.

Discriminações na periferia

As humilhações e discriminações sofridas pelas mulheres mais carentes foram lembradas por Merice Andrade Quadros, da Organização Não-Governamental Embu Guaçu em Ação. "Até pelo modo simples de se vestir e de falar, essas mulheres são discriminadas no atendimento prestado em hospitais públicos." Ela também se manifestou contrária à diminuição da maioridade penal. A representante da ONG argumentou que apenas jovens pobres seriam punidos por esse sistema penal, já que os ricos seriam bem defendidos por advogados e sairiam impunes. Merice invocou o caso do índio Galdino, que morreu com o corpo queimado por jovens de classe média. Estes não sofreram, segundo ela, uma punição mais severa. Ao final, ela leu um texto lamentando a impotência da sociedade, em especial das mães, ante tanta violência.

Responsabilidade da imprensa

Sílvio Luiz Del Giudice, chamando a imprensa de "quarto poder", afirmou que ela tem "grande responsabilidade" pela situação em que o Brasil se encontra. Segundo ele, os órgãos de imprensa omitem a realidade para a grande massa. Ele pleiteia que a TV Assembléia seja transmitida em canal aberto à população. Sílvio rebateu críticas de outros oradores que afirmaram que o governo Lula beneficia banqueiros. Segundo ele, a Prefeitura paulista emprega mal os recursos públicos, tem dado enorme lucro ao Banco Itaú, e os diretores das empresas públicas de São Paulo não têm interesse em resolver os problemas da população.

Rádio e Televisão Cultura

Sergio Ipoldo Guimarães, do Sindicato dos Radialistas, falou como trabalhador da Rádio e Televisão Cultura. Segundo ele, os funcionários da empresa estão "aterrorizados com o fantasma das demissões". Contou que no final do ano passado a diretoria produziu um vídeo repleto de mentiras sobre uma suposta modernização da Rádio Cultura, que, na verdade, não aconteceu, a despeito de um gasto de 1,5 milhão de dólares. O orador disse que espera que os contratos da TV Cultura com órgãos como a Assembléia Legislativa, a Câmara Municipal e o STF, entre outros, impeçam que suas denúncias sejam engavetadas.

Fundação Padre Anchieta

Eureni Pereira, do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, parabenizou os trabalhadores da Fundação Padre Anchieta e citou carta aberta em que são denunciadas as "mazelas" e as "maracutaias" existentes na Rádio Cultura AM e FM. Afirmou que já solicitou audiências com o secretário João Sayad e ainda não obteve resposta. Reivindicou que a jornada de trabalho dos jornalistas e radialistas seja respeitada, o que não vem acontecendo. Concluiu criticando o restaurante da Fundação Padre Anchieta, que foi terceirizado e desde então serve comida de baixa qualidade, obrigando os funcionários a comer fora pagando preços altos.

Presidente sanguinário

Robson César Correia de Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua em São Paulo, parabenizou as mulheres pelo seu dia e o também orador da tribuna popular Rodolfo e "seu amigo" pelo trabalho no Programa Rotaract Club. Criticou o fato de "certas autoridades" terem retirado a população de rua da Praça da Sé com a alegação de "limpar as ruas" para a passagem do presidente norte-americano George Bush. "Espero que a população dê uma resposta a esse sanguinário", clamou. Criticou, por fim, a forma como o Diário Oficial tem publicado suas falas, as quais, segundo ele, são desvirtuadas.



O programa Assembléia Popular coloca uma tribuna à disposição dos cidadãos que queiram expor sua opinião a respeito de um tema de interesse da comunidade, todas as quartas-feiras, das 12h às 13h. As inscrições podem ser feitas no próprio dia em que os oradores pretendem fazer uso da palavra, das 11h15 às 11h45, no auditório Franco Montoro, no andar Monumental da Assembléia Legislativa. Para isso, os interessados devem preencher um formulário no local, res­pon­sabilizando-se pelas opiniões que serão emitidas. É necessária a apresentação de documento de identidade. Cada inscrito pode falar por, no máximo, dez minutos. As sessões da Assembléia Popular são transmitidas pela TV Assembléia aos sábados, às 12h, pelos canais 13 da NET e 66 da TVA.

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