DJs discutem com deputados regulamentação da profissão


08/08/2005 21:04

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Dj no estacionamento da Assembléia <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/DJ05.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Dj Antonio Carlos <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/DJAntonio Carlos05.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Deputado Arnaldo Jardim e deputado federal Roberto Freire<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/DJMESA5651.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O Sindicato dos DJs e Operadores de Cabine de Som (Sindecs) realizou nesta segunda-feira, 8/8, no Auditório Teotônio Vilela, reunião para pleitear a regulamentação da profissão pelo Congresso Nacional. Segundo seu presidente, Antônio Carlos da Silva, essa é a única providência para formalizar a entidade de representação da classe. "A entidade já possui estatuto registrado e CNPJ, só falta a carta sindical, expedida pelo Ministério do Trabalho, para que possamos atuar em defesa dos profissionais que trabalham no som e na iluminação eventos".

Antônio Carlos explicou que os DJs, quando têm algum tipo de contrato, acabam sendo registrados no sindicato dos trabalhadores em bares, restaurantes e similares, o que não é compatível com as características da função. "Mas o normal mesmo é que haja apenas um contrato verbal, com duração de uma noite ou no máximo de um mês. Isso causa muita incerteza aos profissionais, que ficam sem nenhum vínculo trabalhista que lhes dê direito à seguridade social", ressaltou.

Um dos diretores do sindicato, Glauco Antonioli, estima em oito mil a quantidades de DJs no estado, de forma que a informalidade forçada pela não regulamentação da profissão causa prejuízos também aos cofres públicos. "O país perde muito com isso. Os DJs mais famosos têm receita alta e não têm como recolher impostos", indicou, relatando também sua dificuldade em obter visto para ir aos Estados Unidos por não poder comprovar rendimento. "Nossa profissão é marginalizada, mas é fundamental para o funcionamento da noite paulistana, que movimenta mensalmente R$ 1 milhão".

Tramitação no Congresso

Como a regulamentação de profissões depende de lei federal e de acompanhamento do Ministério do Trabalho, o deputado estadual Arnaldo Jardim (PPS) convidou para participar da reunião o presidente nacional de seu partido, o deputado federal Roberto Freire, que se comprometeu a acompanhar o projeto na Câmara dos Deputados. "Profissões novas como essa não se encaixam nos moldes propostos pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Precisamos buscar alternativas, como, por exemplo, a lei específica que rege os trabalhadores portuários avulsos, cujos contratos são sempre intermediados por suas cooperativas".

Arnaldo Jardim, por sua vez, cogitou da possibilidade de incluir o curso técnico de DJ entre os oferecidos pelo Centro Paula Souza. "Precisamos acompanhar o ritmo de mudanças da sociedade. Há pouco tempo, era impensável o curso de moda ministrado em uma Fatec. Hoje, isso não só é uma realidade como uma necessidade do mercado", explicou.



Depois de apoiar DJs, Roberto Freire lançou sua pré-candidatura à presidência da República



O presidente nacional do PPS e líder do partido na Câmara dos Deputados, Roberto Freire, fez duras críticas ao governo federal e, especialmente, ao PT, durante encontro do Partido Popular Socialista que aconteceu nesta segunda-feira na Assembléia Legislativa. Referindo-se à análise da crise como "acerto do PPS" perante a atuação do governo, o deputado Arnaldo Jardim, líder da bancada na Assembléia paulista, apresentou Roberto Freire como futuro candidato do partido à presidência da República.

Freire reforçou as críticas que já havia feito, no começo do governo Lula, à continuidade do modelo econômico implantado pela gestão anterior, de Fernando Henrique Cardoso e, quanto à crise política, enumerou os problemas que, em sua opinião levaram a ela.

Para Roberto Freire, o PT, ao chegar ao poder, não foi capaz de construir maioria parlamentar para governar, e acabou por cooptar partidos apenas para somatória de votos e garantia de hegemonia política no Congresso Nacional. Isto, para ele, acaba levando a relações de clientelismo e ao fisiologismo que levaram à crise.

Freire considera que há duas causas para o problema: o primeiro é o próprio sistema político brasileiro, presidencialista, com partidos pouco representativos e com uma forma de financiamento de campanha que tornam promíscua a relação entre o público e o privado; o segundo é o próprio PT, que, para Freire, não é um partido democrático. "Podemos dizer isso porque em nossa história também não éramos um partido democrático (ele se referia ao Partido Comunista Brasileiro, a partir do qual surgiu o PPS). A democracia não era um valor permanente ou tradicional (no PCB)."

alesp