Respiração, dilatação e contração dão vida às esculturas de Virginia Sé

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
19/05/2006 16:19

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Evolução <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/virginia evolucao.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Chama<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/virginia chamas.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Virginia Sé<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Virginia Se.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

As obras de Virginia Sé são esculturas que, ao término de seu crescimento, ganham energia e força. Sua força está na qualidade de sua forma e no poder criativo do ser humano e da natureza. Elas possuem um movimento sui generis de respiração, dilatação e contração, pois são formas que se afastam e depois se reúnem.

Devemos considerar ainda que a abstração nas esculturas dessa artista não é absoluta. A forma tem sua analogia tanto no mundo vegetal exótico quanto no quase humano e parece possuir uma vida interior e outra exterior. A predominância vertical de suas obras é evidente. Poderíamos dizer que ela consegue, a partir da figura humana, um tipo de composição orgânica através da abstração das formas.

Virginia Sé utiliza em suas obras uma diversidade infinita de materiais: desde o clássico bronze, o bronze com resina, o alumínio, o alumínio e resina, e politireno em cores. E com esses materiais consegue alcançar o domínio do relevo a uma composição tridimensional, obtendo efeitos técnicos que vão além do tratamento da superfície.

As tensões de suas esculturas nos fazem descobrir um novo conjunto de formas. Trata-se de uma preocupação que envolve as reações dos novos materiais e a relação do escultor com a forma e a matéria.

Sua natureza artística, resultado de uma atividade poliédrica totalmente dedicada à escultura nas suas numerosas qualificações é, sem duvida, diversificada e rica.

Através das esculturas "Evolução" e "Chama", realizadas respectivamente em fiberglass e resina, ambas doadas ao Acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Virginia Sé exprime magistralmente o vasto repertório de sua criatividade a serviço de uma personalidade curiosa e irrequieta.

A artista

Virginia Sé, pseudônimo artístico de Virginia da Silva Sé, nasceu em 1949, em Funchal, na Ilha da Madeira, Portugal. Desde a mais tenra infância reside no Brasil. Formou-se em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), de São Paulo, em 1976. Realizou cursos complementares com os professores Pedro Pinkalsky, Francisca Junqueira, Dante Dado de Giacome e Lory Andreatini, entre outros.

Sua adesão à escultura foi precedida por vários anos de desenho e pintura. A partir de 1978, optou pela tridimensionalidade como forma de expressão.

Seus trabalhos têm sido apresentados em galerias e museus de todo o mundo, destacando-se entre eles: I Salão Nacional de Artes Plásticas de Alphaville, SP; "Auto-Retrato Brasileiro", Fundação Bienal, São Paulo, SP (1984); I Salão Nacional Bandeirantes de Artes Visuais, São Paulo (1986); First Art Exposition Brazil, Holanda; XIX SAAP, Araras, SP; XXII Salão de Maio, Sociedade Brasileira de Artes, São Paulo (1987); "10 Mulheres e Sua Arte", Casa Tabacow, São Paulo; "4 Estilos", Vila D"Arte Galeria, São Paulo (1991); Museu Brasileiro de Escultura (MUBE), São Paulo; XV Salão de Marinhas, Sociedade Brasileira de Belas Artes, Rio de Janeiro; "II Salão de Artes", Itajaí, SC (1993); V Salão Center Norte "Arte ao Vivo", São Paulo (1994); III Arte Pura, Espaço Cultural Colégio São Luiz, São Paulo; "Aisthésis", Lygia Jafet, Bureau d"Art, São Paulo; "Desfigurações", Museu de Arte Moderna de São Paulo; Espaço Cultural do Memorial da América Latina, São Paulo; Comemoração ao Dia da Independência " ABACH, São Paulo (1995); Galeria de Arte "A Hebraica", São Paulo (1996); "Maison & Object", Nord Villepointe, Paris, França; "WTC Show Casing, São Paulo; "Grand Marchê d"Art Contemporain", Paris, França; "Casa do Brasil", Madri, Espanha; "Artist"s Museum", Washington, Estados Unidos, "Padrão do Descobrimento", Lisboa, Portugal (1997); "Metrópole", Galeria de Arte André, São Paulo; "Paisagem Urbana", Espaço Cultural do Hospital Albert Einstein, São Paulo; Instituto Latino Americano (ILAM), São Paulo (1998); "Imagem Metropolitana", Museu da Imagem e do Som, São Paulo (1999); "Projeção", Secretaria Municipal da Cultura, Sala Mario Pedrosa, São Paulo; "Quinta das Cruzadas", Sintra, Portugal (2000); "São Paulo Nossa Cidade", MASP, São Paulo; "Desassossego", Galeria das Artes da Casa de Portugal, São Paulo (2003).

Possui obras em inúmeros acervos oficiais e particulares, entre eles: Golden Cross, São Paulo; Blue Life, São Paulo; Hospital Sírio Libanês, São Paulo; Elaine Cafritz, Washington, USA; Dresdner Bank Lateinamerika, São Paulo; Embaixada do Brasil, Madri, Espanha; Hospital Albert Einstein, São Paulo; e Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp