Joaquim Chicarino dá nome ao ambulatório em Santos


29/03/2005 15:49

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Descerramento da placa com o nome do médico Joaquim Chicarino<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Chicarino1.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

"É uma honra para nós que o nosso ambulatório tenha o nome de quem fez tanto para os pacientes", disse o diretor-técnico do Hospital Guilherme Álvaro (HGA), Antônio Bedulatti, durante a inauguração da placa com o nome do médico Joaquim Chicarino, autor do projeto estrutural do ambulatório, durante o período em que foi assessor técnico do hospital. A homenagem foi estabelecida por meio da Lei estadual 11.634, de janeiro de 2004, de autoria do deputado Fausto Figueira (PT).

Estavam presentes à solenidade a esposa e filhos de Chicarino; o diretor-técnico da Direção Regional de Saúde (DIR - XIX), Gilberto Simão Elias, e o presidente da Associação dos Médicos de Santos, Pércio Becker Benitez, além de funcionários do HGA e do Hospital Infantil Gonzaga, que Chicarino fundou na década de 60.

Prolongamento da vida

"A partir de agora, Chicarino está aqui, no ambulatório que projetou. O prolongamento da vida se dá neste tipo de reconhecimento. A maior homenagem que podemos oferecer é seu ambulatório funcionando e atendendo a rede pública de saúde", disse Fausto Figueira em seu discurso. O deputado entregou à família outra placa, com os dizeres "Chicarino, seu amor pelos pacientes agora é lei".

Emocionada com a homenagem, a esposa do médico, Sônia Margarida Chicarino, ao lado dos filhos, Gustavo, Frederico e Maria Sônia, disse que ele ficou muito feliz em ver o ambulatório pronto e que suas maiores alegrias eram concretizar projetos para a saúde. "Gosto muito que Chicarino seja lembrado. Ele era uma pessoa que sempre trabalhou pensando em auxiliar as pessoas e a sua profissão era o que o mais o realizava".

Para o chefe do ambulatório, Eládio Santos Filho, a homenagem foi oportuna por conta da importância de Chicarino na região. O diretor-técnico da DIR XIX elogiou a iniciativa de Fausto: "Ele reconhece as pessoas que trabalham pela saúde pública da região. A lembrança é um dos méritos do deputado".

Chicarino morreu aos 74 anos, em 13 de junho de 2003, em um acidente automobilístico, na pista ascendente da Imigrantes. Formado pela Faculdade Nacional do Rio de Janeiro e pela Faculdade de Higiene Pública da Universidade de São Paulo, Chicarino participou da elaboração do projeto e da implantação do ambulatório do Hospital Guilherme Álvaro, quando Figueira foi diretor clínico do HGA de 1983 a 1986 e teve Chicarino como assessor técnico.

Pioneiro no cooperativismo

O ambulatório, que agora tem seu nome, realiza, segundo o diretor-técnico do HGA, cerca de 600 consultas de especialidades por dia. Os atendimentos geram mais de 5 mil exames em aproximadamente 60 especialidades diferentes. "Chicarino talvez não soubesse que o ambulatório que projetou atenderia mais de 1 milhão e 500 mil pessoas por mês neste hospital, que tem 100% de suas vagas para o Sistema Único de Saúde", afirmou Bedulatti.

Chicarino foi lembrado por amigos e funcionários do Hospital Infantil Gonzaga. "Eu comecei a trabalhar no hospital há 34 anos com ele. Chicarino está fazendo muita falta. Não era patrão, era um amigo, um pai", disse a auxiliar de enfermagem do Hospital Infantil Gonzaga, Maria Ortense.

Conhecido como um dos pioneiros no cooperativismo de saúde da região, o médico foi presidente da Sociedade Cooperativa de Serviços Médicos e Hospitalares Pediátricos de Santos, de 1976 a 1999; membro do Conselho Fiscal da Unimed Santos, de 1970 a 1971; e diretor-tesoureiro do grupo, de 1972 a 1976.

Atuou como membro do Conselho Fiscal da Associação dos Médicos de Santos, de 1977 a 1978; foi tesoureiro da Associação dos Hospitais do Estado de São Paulo - Regional de Santos, de 1986 a 2003; e também diretor-técnico e assessor gerencial da Infantil Santos " Cooperativa Médico-Hospitalar, de 2001 a 2003.

ffigueira@al.sp.gov.br

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