O discurso que Rômulo Pereira nos propõe merece, sem dúvida, uma atenta observação. Suas obras se originam de um inato sentimento de pesquisa em que é evidente o sentido de uma espacialidade construtivista envolvendo temas que valorizam o que ainda resta de nosso patrimônio histórico. O construtivismo geométrico cria por sua vez uma dimensão de pureza e de verdade como matéria no infinito, enquanto o realismo do tema central, envolvido por formas espaciais variadamente cromáticas, nos oferece uma visão de composições inventadas livremente. O conjunto é resultado de uma cuidadosa pesquisa que alcança uma afirmação própria e exclusiva na problemática da existência contemporânea. A pintura do tema central, qual seja, a valorização de nossos patrimônios culturais, assume um seu tom definido um caráter preciso, uma consciência formal e expressiva. Ela age na valorização cromática num sentido emotivo e sentimental. No âmago da inclinação artística de Rômulo Pereira existe uma feliz disposição romântica que privilegia o conteúdo dos sentimentos. Na obra "Museu do Ipiranga", doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, eis que a representação pictórica transmite através da cor, da luz e de cada elemento figurativo um respiro que responde às exigências interiores do artista. O artista Rômulo Pereira, pseudônimo artístico de Rômulo Pedroso Pereira, nasceu em Mairinque em 1968. Formou-se em educação artística na Faculdade de Belas Artes de São Paulo (1990), realizando uma pós-graduação em geografia, história e artes na América Latina na Universidade de Sorocaba (1994). Frequentou curso de violão popular no Conservatório Musical Carlos Gomes, Mairinque, desenho publicitário na Escola Pro-tec, São Paulo, pintura a óleo no Atelier D. Totta, Mairinque; desenho artístico Atelier Mizael Garbim, Mairinque; guitarra flamenca e violão clássico com o professor Valter de Oliveira, Sorocaba; linguagem e estruturação musical na Escola de Música e Tecnologia, São Paulo. Pintor, músico, ilustrador, redator e professor de diversas matérias de educação artística na rede de ensino público estadual, em escolas municipais de Mairinque, São Roque, Ibiúna e nas Faculdade Estácio Europan de Cotia. Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas, destacando-se entre elas Salão de Arte Contemporânea de Santo André (1988), 4º prêmio Brasil Contemporâneo, Santo André (1988), Feartep, Ibirapuera, São Paulo, I Mostra de Arte Alternativa de Olinda (Trópicos Utópicos), Olinda/PE (1991), Salão Oficial Pararrealista de Matão, SP (1991), Salão de São Bernardo do Campo (1993), Mapa Cultural do Estado de São Paulo (1995), Universidade de Sorocaba (1999), Bunkyo " Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa (2009), Escola de Música e Tecnologia, São Paulo (2009) e Templo Chagdud Gompa Khadro Ling, Cotia (2010). Possui obras em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.