Os números das regiões de governo de São Carlos e Araraquara

Audiências públicas em São Carlos e Araraquara
12/09/2005 16:21

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Região de governo de Araraquara<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/araraquara.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Cidade de São Carlos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/scarloscidade b.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Região de governo de São Carlos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/saocarlos.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

São Carlos

Localizada no centro geográfico do Estado de São Paulo, a cidade de São Carlos, sede da região de governo que tem seu nome, teve o cerrado como a vegetação original predominante. Hoje, ainda há áreas de cerrado e fragmentos de mata preservada, incluindo vários exemplares de araucária de grande porte, árvore-símbolo da cidade. A presença dos campi da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) reforçam o caráter de pólo de desenvolvimento científico e tecnológico, que conta ainda com dois centros da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) que produzem tecnologia de ponta nas áreas de melhoramento genético bovino e de desenvolvimento de equipamentos agropecuários.

Composta por sete municípios, Descalvado, Dourado, Ibaté, Porto Ferreira, Ribeirão Bonito, Santa Rita do Passa Quatro e São Carlos, esta região de governo está classificada pelos critérios do IPRS " Índice Paulista de Responsabilidade Social " dentro do grupo 1 (municípios com nível elevado de riqueza e bons níveis nos indicadores sociais).

Com uma área de 3.829 km² e uma taxa de urbanização de 94,36%, pouco acima da média estadual de 93,62%, a região de governo de São Carlos tem uma população total de 374.802 habitantes, com 353.670 residindo em sua área urbana e apenas 21.132 em sua área rural.

Apesar de apresentar, como região, bons índices sociais, a análise individualizada por município revela contrastes. Descalvado, Porto Ferreira e São Carlos aparecem no mesmo grupo 1 do IPRS, enquanto Ribeirão Bonito e Santa Rita do Passa Quatro estão no grupo 3 (municípios com nível de riqueza baixo, mas com bons indicadores nas demais dimensões), já Ibaté está no grupo 4 (baixos níveis de riqueza e níveis intermediários de longevidade e escolaridade). No último grupo do IPRS (grupo 5), Dourado apresenta baixos índices em todos os parâmetros, riqueza, escolaridade e longevidade.

Em relação à média estadual, a região de São Carlos apresenta índices de mortalidade quase semelhantes: 6,22 por mil habitantes. No Estado o índice é de 6,18. No aspecto de despesas com saúde, a média da região (R$ 155,44 per capita) está abaixo da estadual, que é de R$ 171,41. A oferta de leitos pelo SUS é de 958 e as unidades de Atenção Básica de Saúde espalhadas pelos sete municípios somam 51.

Quanto a taxas de analfabetismo, a porcentagem em relação ao Estado é um pouco mais elevada, 7% para 6,64%.

Já em relação a parâmetros econômicos, a região apresentou em 2002 um volume de produção da ordem de 3.978,18 milhões de reais, com destaque para participação da área de serviços, que gerou 1.515,47 milhões de reais. A indústria veio a seguir com 1.378,09 milhões de reais e a agropecuária contribuiu para o total com 1.084,61 milhões de reais. Quanto a postos de trabalho ocupados, as estatísticas de 2003 apontam um total de 53.228 trabalhadores com empregos formais. Deste total, a área de serviços, com 1.958 estabelecimentos, é a que mais emprega: são 22.581 postos ocupados. As 534 indústrias, com 18.305 empregados, vêm a seguir. O comércio absorve 8.662 trabalhadores, distribuídos por 1.876 estabelecimentos, e outras áreas respondem por 3.680 empregos.

Araraquara

Sede de uma região de governo constituída por 19 municípios, o atual município de Araraquara, cujo nome vem do tupi-guarani e significa o refúgio das araras, tem sua história vinculada à fuga de um morador de Itu, Pedro José Zeto, condenado ao degredo. Zeto atravessou o rio Piracicaba e embrenhou-se no sertão de Araraquara, apossando-se de terras desocupadas. Em 1805, construiu uma capela dedicada a São Bento, em torno da qual floresceu a povoação de São Bento de Araraquara, que se desenvolveu graças à cultura cafeeira. Em 6 de fevereiro de 1889, recebeu os foros de cidade.

Composta pelos municípios de Américo Brasiliense, Boa Esperança do Sul, Borborema, Cândido Rodrigues, Dobrada, Fernando Prestes, Gavião Peixoto, Ibitinga, Itápolis, Matão, Motuca, Nova Europa, Rincão, Santa Ernestina, Santa Lúcia, Tabatinga, Taquaritinga, Trabiju e Araraquara, a região de governo está classificada dentro do Grupo três do IPRS (municípios com nível de riqueza baixo, mas com bons indicadores nas demais dimensões).

Ao se estabelecer uma classificação baseada no Índice Paulista de Responsabilidade Social, é possível agrupar os 19 municípios da seguinte forma: no Grupo 1 (nível elevado de riqueza, com bons indicadores sociais) estão os municípios de Araraquara, Gavião Peixoto e Matão; no Grupo 3 (nível de riqueza baixo, mas com bons indicadores nas demais dimensões) aparecem Américo Brasiliense, Borborema, Cândido Rodrigues, Ibitinga, Itápolis, Motuca, Rincão, Santa Lucia e Taquaritinga; já no Grupo 4 (baixos níveis de riqueza e níveis intermediários de longevidade e/ou escolaridade) estão Boa Esperança do Sul, Dobrada, Fernando Prestes, Nova Europa, Santa Ernestina e Tabatinga. No grupo 5 está o município de Trabiju, que está relacionado entre os municípios mais desfavorecidos do Estado, tanto em riqueza como nos indicadores sociais.

Com base no Índice, que considera escolaridade, longevidade e riqueza, para classificar os municípios, foi estabelecido um ranking das 645 cidades do Estado. Como destaque da região de governo de Araraquara, temos com as melhores classificações no ranking de riqueza a cidade de Gavião Peixoto (66) e a sede Araraquara (88), nas últimas posições aparecem Tabatinga (443) e Santa Ernestina (447). Em longevidade os melhores índices são para as cidades de Borborema (43) e Matão (82), na ponta oposta, com as piores classificações, estão Nova Europa (480) e Trabiju (630). No aspecto escolaridade, os destaques positivos são para os municípios de Nova Europa (33) e Matão (55), já como destaques negativos aparecem Boa Esperança do Sul (437) e Dobrada (472).

No aspecto de demografia, a região de governo de Araraquara apresenta perfil semelhante, em porcentagem de urbanização (92,97), à média estadual (93,65), com sua população de 548.951 habitantes distribuída, em seus 7.189km², da seguinte maneira: 510.381 em área urbana e 38.570 na área rural.

Ao analisar atividade econômica, os índices apurados pela Fundação Seade, em 2002, apresentam como resultado total, gerado pelos três setores da economia considerados, 8.850,29 milhões de reais. O setor industrial apresentou desempenho de 3.117,92 milhões de reais, muito semelhante ao do setor agropecuário com 3.117,31 milhões de reais. No setor de serviços os números registram 2.615,07 milhões de reais. Os dados da região diferem da tendência do Estado, em que o setor de serviços aparece em primeiro lugar, seguido pela indústria. Com relação a trabalho, a região apresentava, em 2003, 45.809 trabalhadores formais, destes 19.598 na área de serviços, 10.769 na indústria e 9.460 empregados pelos 1.986 estabelecimentos comerciais. O restante, 5.982 trabalhadores, estão distribuídos entre atividades agropecuárias e outras de menor impacto econômico.

Na área de saúde, a mortalidade geral (por mil habitantes) apresenta pequena variação para cima em relação à média estadual, 6,51 para 6,18. A despesa per capita com gastos com saúde, da ordem de R$164,16, é inferior à média do Estado, que foi de R$ 171,41. A região contava, em 2003, com 65 unidades básicas de saúde instaladas e 1.653 leitos do SUS disponíveis.

No aspecto educação, a região, que foi palco da 22ª audiência pública da Comissão de Finanças e Orçamento, apresentou índice de analfabetismo de 8,32%, acima da média estadual de 6,64%, pelos dados de 2000.

alesp