CPI do Transporte Aéreo realiza oitiva de oficiais da Aeronáutica


29/10/2009 20:53

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Ricardo Hein da Silva, Gustavo Adolfo Camargo de Oliveira e Fernando Capez <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2009/CPITRANSPMESAricardo.gustavo.dep capez 14ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Rodolfo Costa e Silva <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/10-2009/CPITRANSProdolfo55ROB.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Fernando Capez (PSDB) e Rodolfo Costa e Silva (PSDB), respectivamente presidente e relator da CPI que investiga eventuais descumprimento dos direitos dos usuários do transporte aéreo, ouviram informalmente, em 29/10, os depoentes convocados: o tenente-coronel-aviador Ricardo Hein da Silva, chefe do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), e o coronel-aviador Gustavo Adolfo Camargo de Oliveira, chefe do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

Segundo Gustavo Adolfo, que atua no Rio de Janeiro, o controle do tráfego é um processo complexo, baseado nos sistemas de comunicação, controle e navegação. Em sua opinião, não há no espaço aéreo brasileiro o que a imprensa chama de "pontos cegos". Segundo ele, acontece o contrário, e se pode dizer que o sistema aéreo brasileiro tem uma das melhores coberturas em relação às existentes em outros países, com exceção dos Estados Unidos e alguns países da Europa. Ainda conforme o coronel-aviador, o processo encarregado da detecção de eventuais obstáculos ao vôo é complementado pelos instrumentos de bordo das aeronaves. "Entretanto", disse, "é do piloto a decisão de enfrentar situações adversas, eventualmente causadas por fenômenos metereológicos".

Até agora, de acordo com o depoimento do militar, não há como concluir definitivamente de quem é a responsabilidade pelos acidentes que ocorreram com os aviões da TAM e Gol: se dos pilotos, dos fabricantes dos aviões, se do controle terrestre ou das companhias de transporte.



Caixa-preta



Conforme explicou Ricardo Hein, que opera em São Paulo, a caixa-preta registra a atividade dos pilotos, podendo ser um fator incriminatório contra eles, no caso do acidente ser de sua responsabilidade. Sendo operadas pelos próprios pilotos, grava suas conversas, que podem ser desgravadas por eles próprios.

De uma forma geral, Hein reiterou as declarações de seu colega carioca. Em sua opinião, a sociedade tem direito de saber as causas do acidente, mas ele acredita que a própria sociedade deveria pensar em desenvolver especialistas para analisar esse tipo de acontecimento, com um conhecimento específico, uma vez que há um número infinito de possíveis fatores que podem causar a queda de uma aeronave.

Capez solicitou que os dados passados pelos dois militares, na ocasião da reunião, sejam encaminhados por escrito à CPI, para que possam ser incorporados ao relatório final.

alesp