Calabrone combinou a força da linguagem expressionista ao mistério da forma surrealista

Concluir a grandiosa obra da criação e acompanhar o processo de formação do mundo até faze-lo coincidir consigo próprio é um dever exclusivo do homem - artista. Tal atividade requer, portanto, da parte do homem a contínua atenção da sensibilidade artística nos confrontos do mundo, de maneira a conseguir manter contínuo o mútuo intercâmbio das solicitações entre homem e natureza.
A obra de Calabrone no que tange a figura humana é, pois, uma transformação da forma, interrupta série de elaborações que testemunham a espera paciente e firme de uma nova relação homem - natureza. A osmose homem - natureza é integral, relação orgânica que fixou de alguma maneira o metabolismo da estátua, as formas de seu corpo, sua atitude e sua postura.
As grandes figuras de Calabrone apresentam seres volumosos perfeitamente integrados no espaço. Com o passar dos tempos percebe-se que sua opção correspondeu à lógica de seu instinto pela estatuária. Foi combinando a força da linguagem expressionista ao mistério imaginativo da forma surrealista que o artista ítalo-brasileiro conseguiu transmitir tanto o drama quanto o sonho de sua época.
Exatamente entre o drama e o sonho se situam os tipos caracteriais dessa galeria de estátuas, uma série de personagens que vão do extremo humano ao extremo híbrido, do expressionismo "dechiré" ao fantástico delirante.
Com o passar dos anos verificou-se que Calabrone enfrentou o universo da simbologia com a mesma impetuosidade que o mundo das forças elementares. Ele traduziu o fantástico em termos naturais e o mistério das estruturas compostas transformou-se em mimetismo de sua própria defesa. Os seres míticos são submetidos à lei dos seres reais, seu espaço imaginário é tão ameaçador , mordaz, desintegrador que o da natureza ambiental. Não nega o fantástico, aceita-o , como um componente essencial da vida, integra-o à sua própria sensibilidade e ao mundo sensível de sua percepção.
Através da obra "O Caixeiro Viajante", doada ao Acervo Artístico da Assembléia Legislativa pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo, estamos frente a um artista que, mesmo tendo aceitado os limites formais da natureza como ponto de partida, traduziu os dados percebidos do exterior e os concretizou em formas vitais ligadas indissoluvelmente à sua pessoal elaboração da forma. A exemplo de Henry Moore, Calabrone abandonou o ideal de beleza e o substituiu com o da vitalidade.
O Artista
Calabrone nasceu em Aieta na Calabria (Itália) e morreu em São Paulo no ano
2000. Estudou na sua Pátria e transferiu-se na década de 50 para São Paulo onde muito contribuiu para o desenvolvimento da escultura em nosso País, criando cursos especiais e uma revista especializada juntamente com o escultor Elvio Becheroni. Possui obras nos mais importantes Museus do Mundo e em coleções particulares e oficiais. Recebeu o Grande Prêmio Internacional de Escultura Contemporânea, de Cassano Ionio (Itália).
Participou de inúmeras exposições coletivas e particulares, destacando-se entre elas: As Bienais de São Paulo de 1963,1965,1967,1969,1971,1973 e 1975; Museu de Arte Moderna de São Paulo 1972,1975 e 1976; Mostra Internacional da Escultura em Milão (1975), Salão Paulista de Arte Moderna (1962); Bienal Internacional de Escultura ao ar Livre Grécia 1977,1979,1985; Bienal Internacional da Pequena Escultura na Hungria (1978) e em Milão em (1985);
Expôs nas mais importantes galerias do mundo, entre elas: Palácio Ramires, Punta Del Este (Uruguai), Marisa Del Re Gallery, New York (EUA); Galeria Maskit, Tel Aviv (Israel), Museu de Arte e de História, Genébra (Suiça), Galeria Brasiliana, Milão (Itália), Galeria Doria Panphili, Galeria Il Pasquino, Roma (Itália), Galeria do Teatro, Genébra (Suiça), Centro Cutural São Bartolomeu, Bergamo (Itália), além de destacadas Galerias de São Paulo, Minas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
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