Informações sobre as regiões de Bragança Paulista e Jundiaí


29/08/2005 16:43

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BRAGANÇA PAULISTA

Bragança é sede de região de governo heterogênea

Distante cerca de 80 quilômetros da capital, localizada entre São Paulo e o sul de Minas Gerais, sede de uma região de governo composta por dezesseis municípios, Bragança Paulista é considerada estância climática desde 1964. Atualmente, a cidade, famosa pela tradicional produção de embutidos, tem uma produção têxtil e de laticínios.

Bragança já fez parte do município de Atibaia, tendo se emancipado em 24 de outubro de 1856, mas somente em 1944 recebeu a denominação de Bragança Paulista, para se distinguir de uma cidade homônima do Estado do Pará. Por sua vez, em 1991, os Distritos de Vargem e Tuiuti desligaram-se de Bragança Paulista.

Municípios

Os indicadores econômicos e sociais desta região, de acordo com a classificação proposta pela Fundação Seade, por meio do Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS), colocam-na em uma situação heterogênea. Por esta classificação, apenas Amparo está no grupo 1, pois apresenta um nível elevado de riqueza com bons indicadores sociais. No grupo 2 estão Atibaia, Nazaré e Bragança Paulista " apresentam elevado nível de riqueza, mas com deficiência em indicadores sociais. Por apresentarem nível de riqueza baixo, mas com bons indicadores em outras áreas, Águas de Lindóia, Monte Alegre do Sul e Lindóia se encontram no grupo 3. Nos grupos 4, que agrega municípios com nível de riqueza baixo, mas com níveis médios de longevidade; e 5, que engloba os municípios em pior situação no IPRS, se encontram Pinhalzinho, Serra Negra, Socorro, Tuiuti, Pedra Bela, Piracaia, Bom Jesus dos Perdões, Joanópolis e Vargem.

Educação e mortalidade

Embora Bragança já conte com uma universidade, o índice de analfabetismo da população de 15 anos ou mais é de 7,79%, acima da média estadual, que é de 6,64%. A região de governo apresenta um índice ainda mais alto (de 9,03%). O índice 7,11% de mortalidade geral a cada mil habitantes, embora acima, está próximo do índice do Estado (6,64%).

Saúde e saneamento básico

Com base nos dados de 2003, da Fundação Seade, verifica-se que os gastos efetuados com Saúde, por esta região de governo, ficam aquém da média estadual. Enquanto a despesa média do Estado, com habitante, ficou na faixa dos R$ 171,00, a região de Bragança gastou apenas R$ 143,00. O coeficiente (de 1,77 por mil habitantes) de leitos gerais ou especializados situados em estabelecimentos hospitalares públicos ou privados, conveniados ou contratados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) destinados a prestar atendimento gratuito à população, também ficou abaixo da média estadual, que é de 1,97 por mil habitantes.

Em relação ao saneamento básico, que engloba abastecimento de água, esgoto sanitário e coleta de lixo, Bragança apresenta índices semelhantes à média estadual, enquanto que a região apresenta índices um pouco abaixo desta média, mas sem grandes contrastes.

Demografia

Enquanto o município sede tem cerca de 140 mil habitantes, numa área de 489 km², a região de governo tem uma população estimada em 520 mil habitantes numa área de 4.074 quilômetros quadrados. A taxa geométrica de crescimento da população desta região, de 2,12% ao ano, se encontra acima da média estadual, que é de 1,72%. Em relação à urbanização, o índice de 82,28% também é inferior à média do Estado (93,65%).

Trabalho e Riqueza

A maioria dos trabalhadores desta região de governo atua no comércio, mas a prestação de serviços e o trabalho nas indústrias têm papel importante na economia regional. No ranking estadual de riqueza proposto pela Fundação Seade, que leva em consideração critérios como consumo de energia elétrica em residências, agricultura, comércio e nos serviços, bem como a remuneração média dos empregados com carteira assinada e do setor público, somente Amparo, Atibaia, Bragança e Nazaré Paulista se encontram entre os cem municípios com melhor classificação.

Em 2004, esta região faturou com exportações cerca de R$ 215 milhões e apresentou um Produto Interno Bruto (PIB), em 2002, de R$ 3,5 bilhões. A frota de veículos da região é por volta de 200 mil carros. Em julho de 2000, o rendimento médio das pessoas responsáveis pelos domicílios na região, de R$ 891,00, ficou abaixo da média estadual, que foi de R$ 1.070,00.





JUNDIAÍ



Região de Jundiaí apresenta nível elevado de riqueza

Sede de governo de uma região composta por nove municípios, incluindo a própria Jundiaí. Esta cidade, de 432 quilômetros quadrados, banhada pelos rios Jundiaí, Guapeva e Jundiaí-Mirim, situada próxima à capital, tem cerca de 350 mil habitantes e tradição na produção agrícola de uva, morango e pêssego.

Emancipada em 1865, localizada em uma estratégica área de entroncamento ferroviário, Jundiaí recebeu imigrantes ingleses, espanhóis e, principalmente, italianos, que vieram substituir a mão-de-obra escrava na agricultura cafeeira. Atualmente, além da atividade agropecuária, o município tem importante pólo industrial e, com a instalação de parques temáticos, o turismo passou a gerar mais empregos na região.

Municípios

Considerando os indicadores econômicos e sociais da Fundação Seade, esta região de governo, diferente da de Bragança, se encontra em situação bastante homogênea. Ainda de acordo com a Seade, que classifica os municípios por grupos, além do município sede " Jundiaí, Itatiba e Morungaba fazem parte do grupo 1, pois apresentam um nível elevado de riqueza com bons indicadores sociais. Já no grupo 2, que reúne os municípios com nível elevado de riqueza, mas com deficiência em indicadores sociais, estão Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Jarinu, Louveira e Várzea Paulista.

Educação e mortalidade

Nesta região, o índice de analfabetismo da população de 15 anos ou mais, de 6,32%, é menor do que a média estadual, de 6,64%. Jundiaí, com uma taxa de 5,01%, tem um índice ainda menor. Por sua vez, enquanto Jundiaí tem uma taxa de mortalidade geral a cada mil habitantes de 6,53%, acima da média estadual, que é de 6,18%, a região tem um índice melhor (5,83%). Entretanto, em Jundiaí, a mortalidade por agressões, de 14,94 a cada cem mil habitantes, é quase a metade da média estadual. Em relação à longevidade, a região também apresenta índices melhores do que a média estadual.

Saúde e saneamento básico

O valor gasto com Saúde, por habitante, nesta região está acima da média do Estado. Em 2003, enquanto a média estadual ficou na faixa dos R$ 170,00, esta região gastou por volta de R$ 211,00. Em relação ao saneamento básico, que envolve abastecimento de água, esgoto sanitário e coleta de lixo, Jundiaí apresenta índices iguais à da média estadual, já a região, índices um pouco abaixo desta média, mas sem grandes contrastes.

Demografia

Com uma área territorial de 1755 quilômetros quadrados, esta região de governo tem uma população estimada em 745 mil habitantes. A taxa geométrica de crescimento da população desta região, de 2,16% ao ano, se encontra acima da média estadual, que é de 1,72%. Em relação à urbanização, o índice de 91,27% é superior à média do Estado (93,65%).

Trabalho e Riqueza

O comércio e a prestação de serviços são os setores responsáveis por empregarem a grande maioria dos trabalhadores desta região, mas o trabalho nas indústrias tem sua importância na economia regional. No ranking estadual de riqueza do Índice Paulista de Responsabilidade Social da Fundação Seade, Jundiaí " o melhor classificado desta região de governo " esteve, em 2002, na 17ª colocação entre os 645 municípios do Estado, mas a região, como um todo, também foi bem avaliada, pois ficou na categoria considerada alta.

Em 2004, a região exportou cerca de R$ 647 milhões, sendo que Jundiaí foi responsável por mais de um terço deste valor. O PIB desta região de R$ 10,7 bilhões é bem maior do que a região de Bragança. Jundiaí também merece destaque, pois deste montante, R$ 6 bilhões correspondem ao PIB daquela cidade. A frota de veículos da região é por volta de 280 mil carros. Em julho de 2000, o rendimento médio das pessoas responsáveis pelos domicílios na região, de R$ 1061,10 é equivalente à média estadual, R$ 1.070,00. Jundiaí, por sua vez, apresentou uma média salarial mais alta (R$ 1.300,00).

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