Valorização do Legislativo é uma das metas de Barros Munhoz


15/03/2009 21:28

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Presidente Barros Munhoz <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2009/ELEICAObarrospres.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Em seu discurso de posse, o presidente Barros Munhoz saudou seus familiares, amigos e autoridades presentes, agradecendo ainda as várias delegações que ocupavam as galerias do Parlamento paulista, em especial de Itapira, sua cidade natal.

Não se esquecendo de citar alguns dos colegas de Parlamento, como Vaz de Lima, Celino Cardoso, Vitor Sapienza e a bancada do Partido dos Trabalhadores, Munhoz falou sobre o grande aprendizado conquistado ao exercer a liderança do governo na Assembleia (cargo esse que passa a ser ocupado por Vaz de Lima) e da "loucura" mencionada por Tancredo Neves no discurso que ele faria em sua posse como presidente do Brasil. "A santa loucura que incandescia os inconfidentes de Minas Gerais na sua luta da Inconfidência. É essa loucura que deve nos guiar. A loucura de fazer com que o Parlamento tenha a sua dignidade resgatada, de ter a atividade política respeitada. De fazer com que o Parlamento tenha a sua dignidade resgatada."



Lema de vida



Adotada como lema de vida, Barros Munhoz citou uma frase de Theodore Roosevelt, usada por ele em 1977, quando assumiu a prefeitura de Itapira. "É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfo e glória, mesmo expondo-se à derrota, do que fazer frente com os pobres de espírito, que vivem nessa penumbra cinzenta, que não conhecem vitória e nem derrota." Para o presidente, a política representa a arte de se expor, de se entregar. "A arte de sentir os anseios do povo e lutar pela sua concretização. Ela não é a sórdida profissão em que alguns a transformaram. Mas a arte a qual me refiro."



Destaques



Barros Munhoz manifestou preocupação com os rumos do setor agrícola, "um dos sustentáculos da nação", com o cooperativismo e o municipalismo. O presidente lamentou a distribuição do número de vereadores nas Câmaras Municipais que, na sua opinião, só serve para diminuir a representatividade política, já que não houve redução de despesas. Os repasses do ICMS para os municípios de Carapicuíba, que recebe R$ 30 milhões, e de Paulínia, cujo quinhão é de R$ 800 milhões por ano, também foi mencionado. "Não dá para 10 municípios receberem mais de quota-parte do que 635 municípios." Esses são alguns dos problemas que o novo presidente do Legislativo paulista apontou para serem "enfrentados".



Parlamento forte



"Quando fui à Inglaterra, vi o primeiro-ministro Tony Blair, e a dois metros dele o líder de oposição, falando com ele de igual para igual, de dedo em riste. Isso ocorre toda terça-feira. Isso é democracia e é isso o que nós queremos: um Parlamento forte."

O presidente falou ainda sobre a "epidemia" de ações civis públicas e de ações por improbidade administrativa contra os políticos. "Não estou criticando o Ministério Público, mas entendo que não é possível essa quantidade fantástica. Precisamos separar o joio do trigo. Esse acúmulo de ações beneficia aqueles que deveriam ser processados."



Ao encerrar, Barros Munhoz disse conclamou a todos para a luta democrática que o Parlamento paulista pretende travar a partir de hoje. "Queremos alegria, solidariedade e felicidade. Vamos à vitória da Assembleia Legislativa."

alesp