Violência sexual contra a mulher é tema de seminário no Dia Internacional da Mulher


08/03/2004 19:41

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Clique para ver a imagem " alt="Platéia do seminário "Violência sexual contra a mulher e a importância do tratamento preventivo DST/AIDS" Clique para ver a imagem "> Deputado Eli Corrêa Filho (sentado na 1ª fila) e o médico Jorge Andalaft (ao microfone)<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/vilenciamulher2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Da Redação

Por iniciativa do deputado Eli Corrêa Filho (PFL), a Assembléia Legislativa realizou o seminário "Violência sexual contra a mulher e a importância do tratamento preventivo DST/AIDS", nesta segunda-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

De acordo com a Lei 10.920, de 11 de outubro de 2001, de iniciativa do deputado, as Delegacias de Polícia e de Defesa da Mulher devem informar e encaminhar mulheres vítimas de violência sexual aos órgãos e entidades públicas de saúde que realizam tratamento preventivo contra a contaminação pelo vírus HIV. Na abertura, o deputado justificou a lei firmando que muitas mulheres, por falta de informação, acabam ficando sem acesso ao atendimento, que poderia reduzir sensivelmente a doença, impedindo que o vírus se alastre. A Secretaria Estadual de Saúde garante ainda à mulher o direito ao anonimato.

O enfoque do seminário recaiu sobre a necessidade da interdisciplinaridade deste atendimento, uma vez que o estupro não afeta só o corpo, mas a estrutura psicológica da mulher. Além dos danos físicos e psicológicos, pode também resultar numa gravidez indesejada.

Cabe à equipe multiprofissional proporcionar à paciente segurança e confiança, fornecendo as orientações e cuidados necessários, como acompanhamento psicológico e médico, e orientação para a realização da interrupção da gravidez, caso seja o desejo da mulher.

Diante da abrangência do tema, profissionais das diversas áreas foram convidados para discorrer sobre o assunto.

Maria Tereza Verardo, filósofa, falou sobre o perfil do agressor e as raízes da violência sexual. A psicóloga Ludmila Mafra Frateschi, da Casa de Saúde Domingos Delascio, discorreu sobre as conseqüências psicológicas para a mulher vitimada, bem como sobre o tratamento terapêutico. O médico Jorge Andalaft, presidente da Comissão Nacional de Violência Sexual e Aborto Previsto por Lei, falou a respeito do procedimento médico de emergência e da importância do tratamento preventivo. Irotilde Gonçalves Pereira, assistente social, sobre o aborto legal; Márcia Salgado, coordenadora do Setor Técnico de Apoio das Delegacias da Mulher, sobre as atribuições da delegacia da mulher e a apuração do crime e Maria Elisa Munhoz, presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-SP, sobre crimes contra a liberdade sexual.

alesp