As imagens hiper-realistas de Mery Rigo: uma relação sedutora com a natureza

Emanuel von Lauenstein Massarani
16/02/2004 14:00

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Mery Rigo<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/mery rigo.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Obra Ramos<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/hist/Mery Higo Rami.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A obra de Mery Rigo tem a prerrogativa da invenção espontânea e possui uma carga poética que rende o seu trabalho pessoal e inconfundível. A construção hiper-realista que a artista coloca em suas obras pertence a um desejo secreto da jovem pintora de dar uma realidade vista e uma realidade pensada às prospectivas e à liberdade da transfiguração.

Lucidez e limpidez não excluem um sutil chamamento às agressões feitas à natureza que a artista opera sobre a realidade, ampliando-a em visão que, mesmo partindo de formulas quotidianas se transformam em janelas abertas sobre o vazio psicológico de nossos dias.

Cada sua obra "se lança" de conformidade de certos mecanismos internos que dirigem a função. Seu discurso plástico se apresenta com nítida transparência, com linear enunciação e estendido sobre cores ventiladas.

A relação sedutora com a natureza, desviada nas praticas da evasão, a inconstante e frágil situação do ser humano na visão de uma realidade fugitiva, eis a substância de que se alimentam as imagens hiper-realistas de Mery Rigo.

A obra "Ramos", composta em quatro quadros, e doada ao Acervo Artístico do Parlamento paulista, reúne imagens colocadas na tela com uma articulação gráfica e uma síntese estilística precisas, onde o cromatismo equilibrado na justa medida cria a profundidade do tema.

A Artista

Mery Rigo nasceu em Moncalieri, na província de Turim em 1971. Atualmente vive e trabalha em Baldissero Torinese. Apaixonada por desenho e pela arte iniciou suas atividades artísticas em 1985, como autodidata, passando a fotografar livremente e a pintar.

Após conseguir a maturidade clássica em sua cidade natal, passou a trabalhar no campo da fotografia que abandonou em 2001, para se dedicar mais ativamente na pintura.

Nos anos seguintes participou de diversas exposições na Itália, destacando-se entre elas: 7° Mostra de Arte Contemporânea, Saluzzo, Cuneo; "Circulo dos artistas Belvedere". Mondovì, Cuneo (2002); 8° Mostra de Arte Contemporânea, Saluzzo, Cuneo; "Ricette a regola di Arte", Galeria Studio Laboratorio Anna Virando. Turim e "Tra le righe e i quadri", Galleria Wunderkammer, Tutim (2003). Na 7ª Mostra de Arte Contemporânea de Saluzzo recebeu seu 1° prêmio "Matteo Olivero".

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