Matilde Horta serve-se da cor e da forma para compilar visões de mundos desconhecidos

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
26/09/2006 17:48

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Matilde Horta<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/matilde horta-dia 25.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Dois Espaços</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/matilde horta obra-dia 25.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A linha operatória mediante a qual Matilde Horta se exprime parte de um pressuposto de ordem racional, de uma pesquisa particular que se abre num diálogo direcionado a uma nova medida da intervenção sobre a matéria e de uma precisa relação entre a sua realidade e uma estrutura primária.

A possibilidade do método empregado, da disposição em áreas particulares, determina um universo pictórico peculiar, baseado na elaboração de composições em que o jogo da luz sobre as texturas, sobre os vazios, e o rigor construtivo alcançam efeitos sugestivos.

A artista se insere numa faixa de experimentação pura, na qual o cromatismo em cada área é aplicado em dégradé, de modo a criar uma linguagem refinada. A interpretação e a colocação racionais no espaço estrutural produzem uma equilibrada relação entre meios expressivos e instantes emocionais, os quais nos aparecem ligados a um só sentimento, a um só gesto reduzido ao essencial.

Nas composições de Matilde Horta sobressaem os traços de uma elaboração que se vale de soluções técnicas particulares para dirigir e refletir os claros e os escuros. Trata-se de um discurso que se abre em direção a uma visualização psicológica de uma realidade cotidiana.

Na obra Dois Espaços, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Matilde Horta se serve da cor e da forma para compilar visões que devem ter uma relação telescópica da mente, que absorve mundos desconhecidos, com a fantasia que a artista estabelece por razões de estética.



A artista

Matilde Horta nasceu em Belo Horizonte, em 1949. Embora desde jovem tenha se interessado pelas artes plásticas e por diversas atividades culturais, iniciou seus trabalhos em pintura em 2003, recebendo a orientação da artista e professora Lúcia Castanheira, no ateliê Tutto, na capital mineira.

Dedicou-se inicialmente a trabalhos geométricos formais e, desde 2004, sempre voltada à pintura abstrata, vem aprimorando suas técnicas texturizadas.

Em 2004 e 2005, participou de exposições coletivas do ateliê Tutto e, em 2006, foi selecionada para a mostra "Tendências", na Galeria Spazio Surreale, na capital paulista.

Possui obras em diversas coleções particulares em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp