Assembléia Popular


26/10/2007 20:51

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Clóvis de Oliveira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Clovis de Oliveira.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Leonilson de Queizoz Almeida  <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/ASS POP JOSE LEONILDON DE QUEIROZ ALMEIDA01LEM.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Robson César de Mendonça<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/Ass Pop Robson.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Recursos para o SUS

"Digo que o SUS, bem ou mal, é o melhor sistema de saúde que existe. Pena que o dinheiro do sistema esteja sendo desviado para outras áreas. O Ministério da Saúde investiu R$ 16 bilhões no SUS, quando seu orçamento era de R$ 36 bi. O problema é a falta de recursos", declarou Ademar Barros Bezerra, do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de São Paulo (Sinsaudesp). "Apelo para os deputados no sentido de que apóiem a aprovação do PLP 1/03, que regulamenta a Emenda 29 e garante o financiamento da Saúde."

Inchado de parasitas

Anderson Cruz, do Instituto de Educação São Paulo, afirmou que mesmo a União tendo 18% de sua arrecadação destinados à educação, apenas 12,5% são efetivamente aplicados na área, pois o restante vai para folha de pagamento. "O Estado está inchado de parasitas que atrapalham o desenvolvimento do país. Para que isso seja combatido, é preciso aumentar o controle social nas escolas."

Crise moral

Cremilda Teixeira, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa), afirmou que vivemos uma crise moral, que se agiganta dentro da escola pública, já que professores e diretores, uma vez dentro das escolas, são inimputáveis. Ela justificou seu ponto de vista, dizendo que o cargo de direção de escolas públicas é uma fábrica de marajás. "Criam-se diretorias de ensino para acomodar aqueles funcionários que, não sendo efetivos, são afastados no momento em que os aprovados em concurso assumem as vagas."

Viaturas

Maria de Lima Matos, delegada de polícia aposentada e presidente da entidade Mulheres em Defesa da Vida, afirmou que organizações criminosas, como o PCC, existem porque o governo é fraco, omisso e negligente. "Em vez de o governador Serra construir 49 novos presídios, ele deveria colocar mais viaturas nas ruas da periferia para proteger a população pobre, os nordestinos, os negros e os homossexuais da ação de grupos extremistas. A região da Sé, onde morrem mais jovens no mundo, só tem quatro ou cinco viaturas policiais."

Albergues insalubres

Robson César de Mendonça, do Movimento pelos Direitos da População em Situação de Rua, em São Paulo, afirmou que é impressionante como certos secretários não conseguem admitir sua incapacidade de administrar o município. "Floriano Pessaro, secretário de Assistência Social e Desenvolvimento da prefeitura de São Paulo, afirmou que existem 12 mil moradores de rua na cidade e que há 9 mil vagas em abrigos. O que ele não falou é que os albergues são depósitos de seres humanos, insalubres, lugares onde se desenvolvem as mais diversas doenças. Por isso, pedimos ao prefeito Kassab que trate a população em situação de rua com mais dignidade."

CPI das penitenciárias

Josemar dos Campos Silva reclamou que não recebeu resposta do presidente da Assembléia Legislativa sobre a não instalação de comissão parlamentar de inquérito sobre as penitenciárias do Estado. "Liderados por Olímpio Gomes, um homem de caráter, honrado, 31 deputados mostraram coragem ao subscrever o pedido de instalação da CPI. Vou continuar cobrando o deputado Vaz de Lima, em defesa da democracia e para que o vandalismo seja abolido desse país.

Vira casaca

Clóvis de Oliveira, da Associação dos Policiais Civis e Militares e Funcionários Públicos dos Estados Federativos do Brasil, comentou discurso do senador Mão Santa (PMDB-PI), em que este relembra discursos de políticos que anteriormente lutavam radicalmente contra a CPMF como Aloysio Mercadante, Arlindo Chinaglia e José Genoíno, todos do PT. "Hoje acontece o inverso, os petistas são radicalmente favoráveis à CPMF e os parlamentares do PSDB, que antes eram a favor, agora são contra".

Questão de princípios

Sárvio de Nogueira Holanda, membro do Conselho de representantes dos empregados da Imprensa Oficial do Estado, entende que a administração pública direta e indireta deve obedecer aos princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade e publicidade. "O caos moral que estamos assistindo é resultado do rompimento dessas exigências legais, o que causa o apodrecimento dos costumes políticos e das práticas sociais".

Exclusão

Sobre notícia que lera a respeito da intenção de governantes de incrementar recursos para as casas de repouso, Darci dos Reis alertou: "Tomem cuidado! É melhor contratar uma dama de companhia do que ir para uma casa de repouso, pois a exclusão social não faz bem a nenhum ser humano". Citou como exemplo uma amiga que foi deixada numa casa de repouso em Santo Amaro pelo filho, que nunca mais foi visitá-la. Ela dissera que estava "pagando seus pecados" porque havia colaborado para a construção daquela instituição, da qual hoje era vítima

Serviços de qualidade

Ao ocupar a tribuna da Assembléia Popular, Josanias Castanho Braga, do Movimento Social Parelheiros, reiterou suas principais reivindicações às autoridades: pede a implantação do programa saúde da família em cada casa da região e a implantação de um programa de transporte de massa com qualidade.

Concordância

Merice Andrade de Quadros, da ONG Embu-Guaçu em Ação, declarou seu apoio total ao pronunciamento de Josanias, lembrando que os veículos das duas linhas que atendem a região já saem lotados daquele local, em prejuízo dos moradores. Ela pede a fiscalização, por parte das autoridades, nos supermercados que não conservam produtos alimentícios, comercializando-os mofados e danificados, impróprios para o uso.

Violência nas escolas

Vilma Pereira de Godoy Rodrigues, promotora legal popular, relatou a ocorrência de violência contra alunos, feita pelo diretor da escola pública Heitor Villa Lobos, de Taboão da Serra. Segundo ela, houve suspensão de alunos em massa e encontrou, quando foi buscar seu filho que é aluno da escola, um grupo de crianças proibidas de ir ao banheiro e de tomar água. Prometeu protocolar denúncia no Ministério Público, além de pedir a intervenção das autoridades.

Chiqueirinho

José Leonilson de Queiroz Almeida, do Movimento Social de Parelheiros, voltou a falar da presença do "chiqueirinho", como se fosse uma creche, na Vila Rocha, em Parelheiros. "Quero denunciar aqui as autoridades como o Ministério Público, que não tomam qualquer medida contra isto", declarou. Almeida fez outra reivindicação: que seja implantado um serviço de atendimento médico de qualidade, com o acompanhamento dos pacientes.

Movimento negro

Joeder José de Souza, da ONG Manos da Paz, de Diadema, protestou contra a atitude do deputado federal Arlindo Chinaglia que, segundo declarou, expulsou membros do movimento negro que solicitavam a ele, no final de setembro, que colocasse na pauta de votações da Câmara dos Deputados o Estatuto da Igualdade Racial. Criticou parlamentares do PT que "apregoam defender o movimento negro e demonstram o contrário". Convocou os militantes do movimento a se mobilizarem em prol da aprovação do documento.

Leitos hospitalares

William Prado, do Movimento Popular de Saúde de Parelheiros/Marsilac, reiterou o pedido de construção de hospital na região. Segundo ele, a falta de leitos é agravada pela falta de material hospitalar para atendimento emergencial de pacientes em prontos-socorros. "As autoridades alegam que não podem construir hospitais lá por ser área de manancial", explica ele.

Guarda municipal

O ex-guarda-civil metropolitano Eugênio Luis Pinese, usou o microfone da Tribuna Popular para ler um pronunciamento em defesa dos servidores da Guarda Civil Metropolitana. Ele pediu ao prefeito Gilberto Kassab que apóie a luta da categoria, lembrando que participou de muitos eventos durante a campanha dele à Prefeitura de São Paulo. Pinese afirmou que deve agendar audiência com o prefeito para tratar do assunto.

Projetos públicos em destaque

A administração da cidade de São Paulo e os programas instituídos pelo poder público foram os alvos do discurso de Rodolpho Barbosa, da União da Juventude Paulista (UJP). Ele citou e elogiou três projetos na área da Saúde: AMA, Banco de Olhos e Lei da Mama, os quais têm trazido benefícios à população. Na Educação, mencionou, entre outras melhorias, o fim das escolas de lata e do terceiro turno na rede municipal de ensino. O orador também sugeriu a criação de uma frente popular com a função de alertar as autoridades sobre os problemas sociais mais urgentes.

Bônus da vergonha

Rosangela Veiga da Silva, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos (Napa), criticou a decisão do governador Serra em bonificar os professores da rede estadual de ensino. Segundo ela, o montante é de R$ 1,2 bilhão e será dividido em quatro parcelas de 300 milhões. Rosangela concorda que o dinheiro da União seja aplicado na Educação, mas argumenta que professores que cometem falcatruas, roubam verbas da Associação de Pais e Mestres e maltratam os alunos não podem ser contemplados com tal gratificação. "Tem professor que merece, mas a maioria não", opinou.

Febem é campo de tortura

Mauro Alves da Silva, do Grêmio Social Recreativo Sudeste (SER), disse que a Conferência Estadual de Ensino, de 7 a 9 de dezembro, discutirá medidas socioeducativas e abordará temas como disciplina e criminalidade. A qualidade do ensino oferecido pela antiga Febem foi outro assunto discorrido pelo orador. Além de apontar as falhas da entidade nesse aspecto, Mauro a considerou um campo de tortura. Segundo ele, durante o período em que a instituição foi gerida pelo procurador Saulo de Abreu, houve 400 denúncias de práticas violentas. E sobre a administração de Paulo Sérgio, em 2004, o orador questiona: "Ele afirmou ter acabado com metade da máfia da Febem, mas onde está a outra metade?"

O programa Assembléia Popular coloca uma tribuna à disposição dos cidadãos que queiram expor sua opinião a respeito de um tema de interesse da comunidade, todas as quartas-feiras, das 12h às 13h. As inscrições podem ser feitas no próprio dia em que os oradores pretendem fazer uso da palavra, das 11h15 às 11h45, no auditório Franco Montoro, no andar Monumental da Assembléia Legis­lativa. Para isso, os interessados devem preencher um formulário no local, res­pon­sabilizando-se pelas opiniões que serão emitidas. É necessária a apresentação de documento de identidade. Cada inscrito pode falar por, no máximo, dez minutos. As sessões da Assembléia Popular são transmitidas pela TV Assembléia aos sábados, às 12h, pelos canais 13 da NET e 66 da TVA.

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