Lançada Frente Parlamentar de Logística em Transportes e Armazenamento

Economia moderna e dinâmica pede solução dos gargalos de transporte
28/04/2010 20:44

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Jamil Murad e Pedro Bigardi<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2010/FRENTELOGISTICAMAU_9105.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Luiz C. Lima, Jamil Murad, Pedro Bigardi, Luciano Rocha, José Bressane<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2010/FRENTELOGISTICAMESAMAU_9098.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Segundo Fabia Helena Allegrini Pereira o Estado de São Paulo tem uma deficiência marcante na área de transporte<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/04-2010/FRENTELOGISTICAGERALMAU_9171.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Foi lançada a Frente Parlamentar de Logística em Transportes e Armazenamento do Estado de São Paulo nesta quarta-feira, 28/4, por iniciativa do líder da bancada do PC do B, deputado Pedro Bigardi. A princípio, a Frente é composta pelos parlamentares Alex Manente (PPS), Gilmaci Santos (PRB), Olímpio Gomes (PDT), Said Mourad (PSC) e Vicente Candido (PT), podendo haver a adesão de outros deputados. Participaram da apresentação do evento o vereador do município de São Paulo Jamil Murad, o presidente da Associação Brasileira de Empresas e Profissionais de Logística (ABEPL), Luciano Rocha, o representante da secretaria de Desenvolvimento do governo do Estado, José Luis Castro Lima e o prefeito de Francisco Morato, José Bressane.

A finalidade é discutir os problemas da área e alcançar uma proposta de legislação que atenda as demandas. A vice-presidente executiva do Instituto Logweb de Supply Chain e Logística, Fabia Helena Allegrini Pereira, diz que o Estado de São Paulo tem um deficiência marcante na área de transporte, pois grande parte da carga é realizada no modal rodoviário, o que gera grandes gargalos.

Foram apontados na reunião problemas como a falta de integração entre os modais; superutilização dos transportes rodoviários, que representam a operação de 93% da carga de todo o Estado; deficiência de planejamento entre as três esferas de poder, municipal, estadual e federal que não contam com um planejamento único que poderia facilitar a integração; há um custo muito alto pelo uso dos combustíveis e manutenção dos veículos e estradas; a não adequação de todo o sistema logístico atual, que não oferece boa perspectiva futura.



Desenvolvimento paulista requer plano estratégico de transportes, diz especialista



No lançamento da Frente Parlamentar de Logística em Transportes e Armazenamento do Estado de São Paulo nesta quarta-feira, 28/4, Pedro Bigardi explicou que o trabalho desenvolvimento por uma frente parlamentar, sendo menos burocrático do que o das comissões temáticas, oferece a oportunidade de investigar os fenômenos com maior profundidade, tendo, como consequência, um melhor diagnóstico e uma definição mais clara do problema pesquisado. Esse resultado pode originar uma legislação que venha a solucionar as demandas da sociedade. Assim, "a Frente pretende abordar todos os aspectos da conjunção de distribuição, transportes e armazenamento de produção de mercadorias no Estado, estabelecendo diálogo entre os especialistas no assunto, tanto da iniciativa privada como das áreas públicas, com a finalidade de desenvolver propostas de legislação específica sobre o tema, trabalhando em conjunto com a sociedade", esclareceu o parlamentar.

O vereador do município de São Paulo, Jamil Murad, declarou-se "a favor de soluções estruturantes para o adequado encaminhamento da economia paulista que, ao não levar a logística em consideração, pode ficar estrangulada". Segundo Luciano Rocha, a realidade de uma economia mais complexa e moderna como é a do Estado pede uma solução para os atuais problemas de logística. José Luis Cassio Lima lembrou que há um programa estadual para resolver o problema e reduzir os gargalos na infraestrutura de logística e transportes. Entre outros, esses projetos tratam da ampliação da malha ferroviária e melhor utilização das hidrovias paulistas. José Bressane lembrou o grande desenvolvimento que o Estado atravessou nos últimos dez anos, sem que houvesse um plano estratégico para adequação da infraestrutura logística de transportes, sem o qual haveria o travamento da economia do Estado e da Região Metropolitana de São Paulo.



Integração de modais



Segundo a vice-presidente executiva do Instituto Logweb de Supply Chain e Logística, Fabia Helena Allegrini Pereira, o Estado de São Paulo tem um deficiência marcante na área de transporte, pois grande parte da carga é realizada no modal rodoviário, o que gera grande gargalos e diversos problemas. "Isso requer uma agenda positiva e a iniciativa da Frente Parlamentar vem ao encontro de suprir essa necessidade, uma vez que o setor não conta com uma legislação específica que o regulamente, de forma a tornar mais eficiente o aspecto logístico do Estado", explicou Fabia Helena. Ela identificou que uma das grandes dificuldades está na falta de integração dos modais de transporte. A legislação está regulamentada pelas três esferas de poder, federal, estadual e municipal, sem que haja uma convergência de interesses que resulte numa legislação mais específica, de modo a eliminar gargalos. Ainda há outros estrangulamentos, como os portos e estradas que requerem investimentos e maior adequação à real situação de demanda. A Região Metropolitana de São Paulo sofre com um engarrafamento no trânsito nos horários de pico, que podem chegar, à tarde, a aproximadamente cerca de 130 quilômetros em dias normais, sem contar com problemas de chuvas e acidentes. Só no plano diretor foram identificados cerca de 70 gargalos logísticos no Estado.



Gargalos



A logística hoje também diz respeito ao meio ambiente. Fabia Helena citou o exemplo do Rodoanel. Para poder construir o Trecho Sul houve um estudo ambiental com a finalidade de minimizar o impacto ao local. "A nossa proposta é de, daqui por diante, explorarmos a integração de modais de transportes. Embora a disponibilidade de tecnólogos seja escassa no mercado empregatício, as Faculdades de Tecnologia de São Paulo (Fatecs) da Fundação Paula Souza, mantida pelo Estado, vêm atuando na formação desses técnicos, tanto quanto a iniciativa privada, através do Senac e Senai".

A executiva do Instituto Logweb ainda falou dos gargalos que sua empresa identificou: falta integração entre os modais e há superutilização dos transportes rodoviários, que representam a operação de 93% da carga de todo o Estado; as três esferas de poder, municipal, estadual e federal não contam com um planejamento único que poderia facilitar a integração; há um custo muito alto pelo uso dos combustíveis e manutenção dos veículos e estradas; a não adequação de todo o sistema logístico atual, que não oferece boa perspectiva futura. Finalmente, ela apontou propostas para a solução da logística no Estado, que vão desde um uso mais equilibrado da malha de transportes, instalação de infraestrutura adequada às demandas atuais, desenvolvimento e adequação nas áreas aduaneiras e tributárias.

Jamil Murad e Pedro Bigardi debatem sobre soluções para o transporte de cargas no Estado de São Paulo

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