Osvaldo Chiquesi revela uma arte que adquire o tom de confidências

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
16/10/2006 17:14

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<i>Noturno na Corredeira</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/osvaldo chiquesi noturno.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Osvaldo Chiquesi, próximo de um certo surrealismo, sabe dar à cor um valor vital e homogêneo, com oportunas tonalidades enquanto exalta os detalhes da natureza com o uso de uma matéria densa e compacta.

O pincel desse artista transmite com sentimento essas particularidades, em que a floresta revela uma sutil linguagem de dedicação, simplicidade e forças naturais dentro do ciclo contínuo do nascer e do morrer.

Naturalmente, em virtude dessa impostação resultam em suas telas efeitos de timbres proporcionais e perfeitamente apropriados, isto é, de uma intensidade contida e envolvente. Através da recomposição de formas, cuja vitalidade estética está na unidade emocional que sabem comunicar, suas obras constituem a estrutura do tema escolhido.

As obras de Osvaldo Chiquesi evidenciam o sentido humano com que o artista adere à realidade do mundo que o cerca, criando contemporaneamente um estilo que transfere, através de uma forte imaginação, a inspiração do que é belo.

O quadro Noturno na Corredeira, doado ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, é sobretudo uma espécie de "sonho" sobre a matéria que, na medida em que detém um poder poético próprio, revela uma arte que adquire o tom de confidências.



O artista

Osvaldo Chiquesi, pseudônimo artístico de Osvaldo Celso Chiquesi, nasceu em Itápolis, SP, em 1967. Desde cedo dedicou-se à pintura e ao desenho, buscando o aprendizado de várias técnicas e expressões como autodidata. Sua primeira produção artística deu-se na década de 80, trabalhando como desenhista de humor, ilustrador e pintor.

Formou-se em educação artística na Faculdade São Luís, de Jaboticabal, e durante oito anos foi professor de artes na rede pública do Estado.

Recebeu inúmeros prêmios em exposições coletivas e salões de arte e participou de mostras em Itápolis (inauguração do Centro Cultural), Rio de Janeiro, Jaboticabal, Ribeirão Preto, Matão e São Paulo, entre outras.

Paralelamente às pinturas de caráter sacro, participou da construção de peças para o Carnaval e festas de fim de ano. Atualmente, dedica-se exclusivamente às artes plásticas, impulsionado pelo incentivo do escultor Belmiro Baio, secretário da Cultura de sua cidade natal.

Possui obras em diversas coleções particulares no Brasil e no acervo do Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp