Camilla Nascimento acentua em suas obras o aspecto mágico e envolvente da terra

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
10/01/2007 19:36

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Camilla Nascimento <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-Camilla.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Sopro do Vento<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-Camilla-Sopro do Vento.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Na base da inspiração de Camilla Nascimento, está o encanto inexaurível da terra com acento sobre o aspecto mágico e envolvente de sua beleza. Ao perceber na pintura um modo de se exprimir, a artista viu a possibilidade de desenvolver também seus próprios sentimentos, antes mesmo do tema escolhido.

A artista conservou dessa experiência uma lembrança fabulosa, de onde emerge reconstituída a imagem recriada a olhos fechados. Assim, ao se colocar frente à realidade concreta da paisagem, ela não descreve, mas conta. A luz da lua ou o cinza da tempestade tornam-se, em seus quadros, partes essenciais, em volta das quais plantas ou casarios inexistentes teriam uma mera função de consenso.

É também verdade que, na recuperação da realidade sonhada, a ajuda externa proveniente da fidelidade às próprias paisagens de origem aparece constante, mas não somente no limite de uma sugestão expressiva.

Suas obras revelam a artista com vocação para um tipo de expressão não somente anti-convencional, mas determinada pelo desejo de se afastar dos cânones tradicionais e em seguir, juntamente com uma exemplificação simples, uma rica criatividade.

Na obra Sopro do Vento, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, a própria terra e areia de sua Bahia natal servem de pretexto para a estruturação de imagens ora fantásticas, ora reais, com as quais Camilla Nascimento narra um certo tipo de história totalmente particular e, ao mesmo tempo, inquietante.

A Artista

Camilla Nascimento nasceu em São Paulo, em 1971. Pintora, escultora, cenógrafa, percussionista e cantora, ela atua em diversas áreas da criatividade artística, seja como produtora de arte ou como professora de artes plásticas e de música.

Criou uma oficina de confecção de máscaras e bonecos e de construção de brinquedos com sucatas. Recentemente, passou a dedicar-se a dar aulas de arte para crianças e transmitir seus conhecimentos em escultura e papel machê.

Há anos, Camila vem pesquisando o universo da terra e a seleção de suas diversas tonalidades, material que utiliza prioritariamente em seus quadros.

Vários críticos de arte escreveram sobre seu trabalho, de modo especial Oscar D"Ambrosio, professor do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista. Possui obras em diversas coleções particulares e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp