O impulso criativo de Carmem Gebaile nos transporta a uma paisagem de conto de fadas

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
27/11/2006 14:32

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Carmen Gebaile<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-CarmenGebaile.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> <i>Florada</i><a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-CarmenGebaileFlorada.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O discurso pictórico de Carmem Gebaile evidencia, de modo tangível e com grande plasticidade, um impulso criativo ainda não condicionado pelo progresso tecnológico e pela civilização de consumo, da poluição das fábricas e da jungla de concreto. A artista conseguiu, através de uma longa, atenta e escrupulosa pesquisa, notáveis resultados, onde a linguagem se define em preciosos contornos.

Partindo do figurativo, não como representação do real, mas como expressão do conteúdo lírico e poético, aportou em uma exaltação da luz, entendida como símbolo, como mensagem, como evocação de um estado de alma. Seu grande mérito é ter conseguido e compreendido, também, a importância de adotar a cor no sentido psicológico.

O emprego tonal das cores encontra justificativa na natural vocação lírica da artista, enquanto o rigor estrutural corresponde, por sua vez, a uma exigência natural de nosso meio. São esses os instrumentos essenciais sobre os quais se baseia sua linguagem.

A evolução de Carmem Gebaile é lógica e coerente, seja na distribuição das cores que dão elã à obra, seja na organização dos diversos planos ou na repartição dos valores que superam o conteúdo das formas. Sua pintura se destaca do suporte e vai muito além dos limites definidos pelos pequenos retângulos que formam um mosaico geometricamente perfeito.



A obra Florada, doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, é um canto livre e puro, espontâneo e tropical, que nos afasta, mesmo que por instantes, de uma realidade que nos entristece, mas nos transporta a uma paisagem de conto de fadas.

A artista



Carmen Gebaile nasceu em São Paulo, em 1954. Cursou filosofia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Desde 1974, trabalha no campo das artes plásticas. Participou do ateliê de Norma Donato, trabalhando com várias técnicas e materiais, relativos a madeiras e metais.



Realizou ainda cursos de designer de jóias na Escola Nova; história das artes, com a professora Elisabete Leoni Romero; cerâmicas de alta temperatura, no ateliê da artista Heloisa Reis; técnicas de papier maché. em ateliê próprio; pintura e escultura. no ateliê de artes plásticas de Giuliana Pedrazza e Carlos Arias; e arte contemporânea, sob a orientação de Lúcia Py.

Entre as diversas exposições de que participou, destacam-se: "O Vôo", Espaço Cultural Infraero, Aeroporto de Congonhas, São Paulo; "Mais e Menos entre Eros e Tânatos", Museu de Arte Contemporânea de Campinas; "Para Onde Vamos", Museu de Arte Contemporânea de Campinas; "O Diário como Processo de Conduta e Memória na Construção do Objeto Contemporâneo", projeto itinerante; "Re-cantos", World Fine Arts Gallery, Nova York, Estados Unidos (1997); "Sirva-se: um Almoço para Oswald", XXIV Bienal de São Paulo; "A Filha do Rei", Galeria Meta 29 Espaço Arte, São Paulo (1998); "A Goela do Dragão" e "Figuras Hilares", Museu de Arte Contemporânea de Campinas (1999); "Vista de uma Paisagem", Galeria Meta 29, São Paulo; "Serpente Dourada", Rarebit Galeria de Arte (2000); "A Arte de Viver com Arte" e "Merca-dor-ias", Rarebit Galeria de Arte; "Os Donos dos Pés", Salão de Artes Visuais de Vinhedo (2002); e "Atos Vistos/Revistos como Tempo Enunciado", Galerie d"Art François Mansart, Centre Culturel Brésil-France (2003).



Carmen Gebaile recebeu várias premiações, entre elas: Museu de Arte Contemporânea de Campinas, Associação Comercial de São Paulo (1997); II e III Concursos Nacionais da Accademia Internazionale D'Arte Moderna, no Brasil (1990 e 1991); V Prêmio Paleta de Ouro de Artes Plásticas (1989); e Prêmio Vanguarda Brasileira de Artes Plásticas (1988).

Suas obras encontram-se em acervos oficiais e particulares, inclusive no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp