Intuitiva percepção visual e luminosidade no construtivismo de Silvia Bernardes

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
24/11/2009 08:51

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Clique para ver a imagem " alt=""Sobre o azul" Clique para ver a imagem "> Silvia Bernardes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/11-2009/SILVIABERNARDES.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Sinteticamente, podemos afirmar que a operação artística de Silvia Bernardes parte da exigência de romper com certo tipo de geometria na qual estamos enclausurados, para conseguir uma autonomia das formas geométricas a que nos habituou toda uma tradição cultural

A forma que essa artista escolheu foi o quadrado, visto como elemento aparentemente fechado e privado de possibilidades metamórficas. Exatamente por esse aspecto nasceu o estímulo para pesquisar sua disponibilidade a novas e inusitadas funções.

A investigação conceitual é condição essencial para a formulação de um pintar que recupera os instrumentos peculiares de "fazer pintura". A análise ambiental resulta de toda interpretação verista da realidade contingente e oferece uma área de intervenção operativa onde estão implícitos os sinais de uma profunda pesquisa dos componentes sociológicos e da cultura de nossa sociedade.

Nas obras de Silvia Bernardes encontramos uma sólida análise de sua linguagem expressiva, uma controlada sensibilidade interpretativa que permite a obtenção de uma pintura em que as minuciosas variações, a liberdade criativa de um espaço absoluto e puro criam um sentido de luminosidade total e de intuitiva percepção visual.

A superfície plana de suas telas se torna um espaço atmosférico, na qual a artista dispõe, com um sentido de sutil equilíbrio, traços levíssimos que determinam espaçamentos, texturas arranhadas, linhas imperceptíveis e zonas de cor delineadas. Criando novas e sugestivas composições, nelas se distinguem suavemente as suaves diferenças de cor e as variações cromáticas aplicadas com extremo preciosismo.

Na obra "Sobre o azul", doada ao Museu de Arte do Parlamento, resultam imagens irreais, diáfanas, que emergem do fundo com uma rigorosa disposição compositiva e de preciosa abstração.



A artista

Silvia Bernardes, pseudônimo artístico de Silvia Maria Bernardes, nasceu em São Paulo no ano de 1965. Formou-se em pedagogia pela Universidade Ibirapuera em 1987 e participou de cursos de Desenvolvimento de Projeto Educacional, Administração de Agências de Propaganda, Educação Infantil e Gestão Ambiental.

Após ter trabalhado numa editora de livros didáticos e numa agência de comunicação, desde 1997 exerce as funções de professora e diretora substituta de escola municipal em São Paulo. Paralelamente a suas atividades educacionais realiza palestras e ministra cursos sobre projetos ligados à área ambiental. Participou recentemente do Fórum Mundial de Educação realizado na capital paulista.

Há cerca de dez anos tem se dedicado às artes plásticas, inclusive ligando-as à área educacional. Realizou diversas exposições em espaços culturais de São Paulo e Guarulhos, e possui obras em diversas coleções e no Museu de Arte do Parlamento de São Paulo.

alesp