O realismo nos retratos de Márcia Oliveira revela sentimentos refinados e riqueza interior

Museu de Arte do Parlamento de São Paulo
16/01/2007 15:40

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Márcia Oliveira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-MarcioOliveira.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> A Tibetana<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/M-MarcioOliveiraTibetana.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Márcia Oliveira usa um modo de pintar vibrante, e seus retratos possuem expressões carregadas de mistério e de angústia. São rostos nos quais existem somente sentimentos de tristeza originados pela devastação da alma e pela solidão. Ambos se revelam nas prospectivas de sombra em direção a uma luz reveladora.

Uma sutil veia romântica e a necessidade de não deixá-la diluir na pura fantasia, de investir nas imagens que a natureza e a figura humana lhe retornam, são os aspectos mais cativantes dessa pintura adepta a um novo realismo.

A sua efusão lírica não age através da exasperação, pois o resultado pictórico se apresenta e se reaviva sempre límpido, consoante o desejo de traduzir a sinceridade dos pensamentos nos quais a artista se inspira ao entrar no círculo incandescente da pintura contemporânea.

Márcia Oliveira dá vida a seus fantasmas poéticos, trazendo-os do fundo de uma mancha escura, que se desveste, véu após véu, do seu mistério através de páginas com cores que buscam a luz.

Seus retratos refletem habilidade na cor e no desenho. Mais do que figurativos, eles espelham um realismo absoluto, despojado de inúteis fantasias. Os trajes tradicionais, os véus dos povos do Oriente, fixam um realismo que faz pensar no eco de um longínquo passado.

Em A Tibetana, obra a pastel doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, Márcia Oliveira revela sentimentos refinados, riqueza interior, capacidade de adesão ao real e exigência de transformá-lo liricamente.

A artista

Márcia Oliveira nasceu em São Paulo, em 1943. Formada em direito pela Universidade de Mogi das Cruzes, SP, em 1978, ela realizou cursos de desenho e pintura com a professora e artista plástica Isabela Hohagen (1996), de pintura em tela com Lídia Cury Ayoub (1999) e de desenho e pintura com o destacado professor e artista plástico Maurício Takiguthi, desde 2000.

Participou de diversas exposições individuais e coletivas, destacando-se entre elas: o V Salão de Artes Plásticas do Jornal das Artes, SP (1999); XIV, XV, XVI, XVII e XVIII Salão de Artes Plásticas de Arceburgo, MG (1999, 2000, 2001, 2002 e 2003); XI Salão de Artes Plásticas Comendador Bernardo Saturnino da Veiga, São Lourenço, MG (2001); e XV Salão de Arte Associação Comercial Distrital de Pinheiros, SP (2002).

Recebeu os seguintes prêmios: Pequena Medalha de Ouro na categoria desenho, no XIV Salão de Artes Plásticas de Arceburgo (1999); menção honrosa na categoria pastel, no XVI Salão de Artes Plásticas de Arceburgo (2000); Grande Medalha de Prata na categoria pastel, no XVI Salão de Artes Plásticas de Arceburgo (2001); Pequena Medalha de Ouro na categoria pastel, no XVII Salão de Artes Plásticas de Arceburgo (2002); e Grande Medalha de Ouro na categoria pastel, no XVIII Salão de Artes Plásticas de Arceburgo (2003).

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