A deputada Maria Lúcia Prandi (PT) integrará a caravana que irá a Brasília, nos próximos dias, defender o emprego dos trabalhadores da Usiminas. Uma vitória já foi conquistada: as demissões na Usina de Cubatão foram suspensas, por determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. A empresa havia anunciado 1.307 desligamentos, nas usinas de Cubatão e de Ipatinga (MG), até o final de maio. Desses, 244 foram consumados em Cubatão, segundo o sindicato do setor. Além disso, a lista de demitidos já teria 800 nomes, desde janeiro. A decisão do TRT de suspender as demissões foi comunicada na noite de quinta-feira, 28/5, em audiência com sindicalistas e com representantes do grupo siderúrgico. Na reunião, a relatora do processo, desembargadora Ivani Contini Bramante, teria determinado, ainda, a retomada de negociações. Na capital federal, a comitiva deverá se reunir com o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, para reivindicar novas alíquotas aduaneiras na importação de aço. É que a siderurgia brasileira enfrentaria dificuldades frente à concorrência internacional, que oferece o produto a preços subsidiados. "A comissão irá a Brasília defender o setor do aço, mas em contrapartida tem que haver o compromisso de manter os postos de trabalho", enfatizou a deputada. "É uma questão de responsabilidade social de uma empresa que recebeu dinheiro do BNDES." A parlamentar referia-se ao fato de que, em 2006, o Grupo Usiminas obteve R$ 900 milhões do BNDES, para apoiar investimentos em modernização tecnológica e proteção ambiental, tanto em Ipatinga como em Cubatão.